Humilhada pelo meu chefe romance Capítulo 6

Entro no escritório e fico boqueaberta com a decoração.

— Nossa, essa prateleira de livros atrás da mesa, ficou muito top, show de bola. - elogio.

Vou até a mesa dele e vejo um celular iPhone em cima de uma agenda de capa dura, na cor azul escuro.

— Ainda bem que não está dentro de nenhuma gaveta, odeio xeretar as coisas dos outros.

Ao pegar o telefone e a agenda, sem querer eu acabo derrubando uma pequena pilha de papéis no chão.

— Oh, mas que merda. - xingo num tom alto — Sempre desastrada.

Por estar sozinha no escritório, ao invés de eu agachar para pega- los, eu decido só me esquivar.

— Quase, falta só mais três. - digo já com vários papéis na minha mão.

Crrrr! - a porta se abre de repente.

— Uau, acho que depois dessa cena, eu terei que tomar um banho bem gelado antes de sair. - diz num tom malicioso.

Eu me assusto e me levanto tão rapidamente que acabo derrubando novamente no chão, todos os papéis que eu já havia pegado.

— Ah, senhor Price, me desculpe pela cena. Eu pensei que ainda estivesse no banho. - finjo não ter notado o modo como ele disse — Não imaginei que viria até o escritório antes de sair.

— Tudo bem, Grace. - diz num tom agradável — Não precisa se desculpar.

— Como não, senhor Price?! - digo cabisbaixa — Eu devia ter me agachado e não me esquivado de tal modo que desce para ver o que não podia.

— Sim, deveria, mas não o fez. - caminha em minha direção — O que foi uma decisão muito boa e prazerosa para mim.

Olho para ele confusa e sem entender nada.

— Como assim, senhor Price? - olho atentamente — O que o senhor está querendo me dizer com isso?

Ele coloca uma pequena mecha do meu cabelo que está solto, atrás da minha orelha, causando um pequeno arrepio pelo meu corpo.

— Que é graças a essa cena que acabei de ver, que me dará mais ânimo para trabalhar hoje.

Engulo em seco enquanto meu coração dispara.

— Esse seu traseiro, revestido de um micro fio dental, só Deus na causa.

Continuo cabisbaixa, totalmente envergonhada e sem dizer uma palavra.

— Acho que só a água gelada do meu chuveiro, não vai acabar com a excitação do meu amiguinho aqui.

Sem querer olhar, mas olhando pois eu estou cabisbaixa, vejo a protuberância por cima da sua calça social.

.." Sei que o que ele está fazendo agora se classifica como assédio sexual, mas infelizmente eu não posso rebater ou ameaça- ló, afinal é meu primeiro dia de trabalho e eu não teria como provar nada. - suspiro fundo – Ainda mais com a grana toda que ele tem.

Sem alternativas, eu resolvo disfarçar o meu constrangimento e tentar mudar de assunto.

— Eu já avisei ao motorista que o senhor irá sair em uma hora.

— Ok, Grace, obrigada. - agradece gentilmente.

— O senhor precisa de mais alguma coisa, ou eu já posso ir? - pergunto olhando diretamente.

— Não, por enquanto é só isso, você já pode se retirar.

— Ok, com licença, senhor.

Ele acena com a cabeça, eu vou em direção a porta e saiu sem olhar para trás.

.." Não acredito no que acabou de acontecer lá dentro. - suspiro um pouco mais aliviada — Vou ter que comprar umas calcinhas mais descentes para esse trabalho.

Coloco o telefone no bolso do meu blazer, vou até o quarto dele, dou uma arrumada na cama, pego a bandeja do café da manhã e levo para a cozinha.

— E aí Grace, deu tudo certo? - pergunta enquanto olha a cozinheira separando as coisas para o almoço.

— Graças a Deus sim, senhora Constância.

Apesar dela ser bem simpática comigo, eu decido não contar a ela sobre o que houve no escritório.

.." Ela já está aqui a bastante tempo, então, se eu disser a ela, é bem capaz dela achar que eu estou mentindo só para tirar dinheiro dele.

— Que bom, fico feliz. - sorri para mim e eu retribuo.

Como eu não tenho nada para fazer nesse momento, eu vou até o jardim para tomar um pouco de ar.

— Esse jardim é tão bem cuidado. - olho admirada enquanto me sento em um balanço de madeira — O jardineiro deve ter mãos de anjo.

Passado alguns minutos admirando e balançando lentamente, vejo o senhor Price saindo para o trabalho.

Ao olhar para o carro eu noto que o vidro de trás do carro está um pouco abaixado, e assim que ele percebe que eu estou olhando, ele dá um sorriso e uma piscada ousada para mim.

Eu, é claro, que desvio o olhar.

.." Não sei se é um teste, uma provocação ou uma cantada mesmo por parte dele, mas seja o que for eu preciso ser forte e decidida. Eu não posso, eu não vou, seder aos encantos dele tão facilmente. - senti firmeza em mim mesmo — Eu preciso, eu devo, me manter no meu lugar.

Uma hora depois o celular particular dele bipa com uma mensagem.

'- Grace, eu pedi para entregarem dois uniformes para você, aí na mansão. Mandei fazer sobe medida.

Obs: Já estão pagos, é só você receber.

Sr. T.M.P

Depois de ler eu mando a resposta.

'- Ok, senhor Price.

— Eu queria saber como ele sabe as minhas medidas, se ninguém as tirou.

Pouco tempo depois da mensagem dele, o entregador chega com os uniformes.

— Grace Scotty Butler?

— Sim, eu mesma.

Ele entrega um pacote para mim.

— Assine aqui, por favor.

— Ah, claro.

Assim que termino de assinar, ele se vai.

Entro na mansão novamente e vou direto para o banheiro bisbilhotar o tal uniforme.

— Ele deve estar louco se acha que vou usar isso daqui. - olho indguinada para o pequeno uniforme — Eu estou aqui para trabalhar e não para fazer um striptease para ele.

Pego o celular e envio uma mensagem para ele.

'- Senhor Price, desculpa incomoda- ló, mas acho que o senhor errou nas medidas dos meus uniformes.

São apenas segundos para ele responder.

'- Não senhorita Grace, as medidas estão corretas. Esse é o uniforme que eu quero que você use no trabalho.

— Eu sei que não devo rebater já no primeiro dia de trabalho, mas isso já é demais. - digo a mim mesmo irritada.

'- Desculpa senhor Price, mas eu não vou usa- ló.

Segundos mais e recebo a resposta dele.

'- Tudo bem, não use. Vou adorar ter uma mulher gostosa como você, trabalhando peladinha, todos os dias em minha mansão.

— Cara, mas esse homem é muito descarado. - digo furiosa alisando o cabelo — Quem ele pensa que é?

'- O senhor não vai trocar os uniformes por tamanho maior, não é?

'- Não. É esse aí ou nenhum.

Suspiro fundo e mordo o lábio inferior.

'- Ok.

Desisto das mensagens e guardo o celular novamente no bolso do blazer.

— Ok, senhor Price. - sorrio perversamente — Se é provocação que o senhor deseja, é provocação que o senhor terá.

— Bom dia, Grace. - cumprimenta agradavelmente.

— Bom dia, senhor Price. - retribuo da mesma forma.

Ele senta na sua mesa e começa a mexer em alguns papéis e pastas de documentos.

Eu, então, começo a limpar as prateleiras de livros.

— Grace?

— Sim, senhor Price. - olho para ele atentamente.

— Será que você pode subir na escada e pegar aqueles três livros preto que tá la na última prateleira, para mim.

Eu saco na hora o que ele realmente quer.

— Claro que sim, senhor Price, agora mesmo.

Puxo a escada e subo vagarosamente, para poder proporcionar a ele uma boa visão do meu belo 'traseiro', como ele mesmo havia dito.

.." Engole essa, senhor Price.

Não atrevo a olhar para baixo, pois sei que ele está olhando para de baixo do meu uniforme.

— Porra Grace, você não fez isso. - xinga quase que caindo da cadeira.

Dobro o polegar e mordo para segurar a vontade enorme de rir.

— O que eu fiz de errado senhor? - pergunto como se não soubesse.

— Você teve a ousadia, a audácia, o atrevimento, de não vestir calcinha nenhuma hoje?!

Mordo um pouco mais forte, pois a vontade de rir é imensa.

— Bem, o senhor me disse que era esse uniforme minúsculo e super apertado ou nada, então, para me sentir um pouco mais confortável eu prefiri deixa- lá livre para tomar um arzinho.

— Não, isso é só para me provocar. - disse agitado, levantando- se da cadeira.

— Porque eu ia querer provocar o senhor? - indago sentindo- me satisfeita com o resultado — O que eu ganharia com isso?

— Porque me provocar? O que você ganharia com isso? - diz num tom firme — Desce agora mesmo daí e eu vou te dizer olhando em seus olhos.

Obedecendo a ordem dele, eu desço e fico de pé, perto da escada, olhando- o fixamente.

— Ahm, desci senhor.

Ele se aproxima de mim, deixando- me totalmente nervosa.

Olhando diretamente em meus olhos enquanto sua boca se aproxima cada vez mais da minha.

Engulo em seco ao sentir sua respiração quente em meus lábios.

— É por isso que você quis me provocar, não é? - esfrega- se em mim, fazendo eu sentir sua protuberância dura dentro da calça social — É isso que você tá louquinha para ganhar! - diz com convicção.

Desvio o olhar do dele e mordo o canto do lábio nervosamente.

— Quer que eu te dê um trato, porque o seu marido já não tá dando conta a meses, não é mesmo? - diz bem perto do meu ouvido, causando um arrepio por todo o meu corpo.

Eu quero dizer que ele está certo no que diz, mas não, eu jamais me atreveria a confirmar isso.

Jamais daria esse gostinho a qualquer homem.

— O senhor está certo. - confirmo — Eu e o meu marido já não transamos a algum tempo, mas daí dizer que eu tô louquinha para que o senhor me de um trato?! - riu sarcasticamente — Não, nisso o senhor está completamente errado, senhor Price. - balanço a cabeça negativamente — Eu não preciso de um homem para me satisfazer. Sou mulher o suficiente para usar um vibrador ou meter o dedo nela e masturba- lá até eu mesmo dizer chega.

Desta vez ele engole em seco.

— Agora com licença senhor. - afasto- me dele — Eu preciso avisar ao seu motorista que o senhor sairá para a sua empresa em alguns minutos.

Começo a caminhar em direção a porta.

— Não, você só sai daqui depois que vestir sua roupa de volta. - diz firmemente, segurando em meu braço.

.." Mas um ponto positivo para mim. - sorrio vitoriosa.

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