Herdeiro do Alemão romance Capítulo 11

Edgar/Falcão- NARRANDO

Sai da casa da mandada lá e vejo Fernanda saindo de casa, porra Raquel ainda é vizinha dela. Vai dar certinho isso.

- Dale nandinha, quer que eu te leve pra dona? - ela me encara

Fernanda : quero b.o com tua fiel não pô, fui tua amante mas só quando tu tá solteiro.

- tenho dona não, nandinha - falo puxando ela pra mim - tu sabe que eu sou cachorro solto

Fernanda: Na real? eu só gosto do que não presta, mas vou cair na tua não, Falcão

- Eu respeito, mas tu vai voltar quando precisar de dinheiro, aquele trabalho não é pra sempre tu tlg - falo e ela engole seco - sobe ai que eu te levo lá- ela sobe e eu puxo pra dona lá

Fernanda era uma mina guerreira que só o carai, ela se fudeu muito na vida. Mas era uma amiga da porra, nosso rolo tinha uns 2 anos, desde os meus 18 e os 14 dela, a bicha era novinha mas tinha um corpo do carai.

A gente começou era só uns beijinhos, uma ficadas e mamadas, era só um envolvimento maneiro. Ai rolou os b.o dela e ela deu pra mim, depois disso eu vi que ela precisava de dinheiro e comecei a dar uma assistência. Nem era por que ela me dava não, era pela nossa amizade de anos e claro que o babão dela compensava muito, boquinha de veludo do carai. E olha que só treinou comigo. A bicha é mó tímida pra arrumar outro, mas comigo a bicha parece uma leoa, sexo selvagem e os carai.

- Nem um beijinho? - pergunto e ela nega se virando, mas eu sou insistente, roubo um beijo dela

Fernanda: Desgraçado, tu não presta mesmo Falcão - dou um sorriso safado e puxo a moto

Vou pra minha casa, tomo um banho e partiu boca, quando tô saindo de casa vejo minha mãe chegando, quando é plantão assim ela fica acabada.

- Eu mando os moleques trazerem o seu almoço viu? - ela sorri em agradecimento e eu dou um beijo nela

Natália: se cuide meu filho, que deus vá contigo

- amém minha mãe- fala e eu monto na moto metendo o pé pra mais um dia de trampo.

Cheguei e os moleques já tavam na atividade, os noiados tudo lá também. O movimento começa cedo, a favela o barulho começa de 5 da manhã e para de meia noite, é foda. Quem trabalha fora do morro, já meteu o pé faz mó cota, os comércios daqui mermo abrindo.

Sou apaixonado na minha favela, eu tento fazer de tudo pra preservar a vida de geral. Eu sei que nem todo mundo gosta de ver bandido no comando de tudo mas nós querendo ou não é a melhor opção deles, porque se a UPP pacifica essa porra, o bope vai botar pra fuder em geral. Sem querer saber quem é trabalhador e quem é bandido, comigo no comando é só respeito e seguir minhas regras que não incomoda nenhum trabalhador fio. Certo pelo certo sempre.

No alemão tem tudo, posto que parece mais hospital tudo graças a minha mãe, supermercado, barzinhos, restaurantes mais família, tem farmácia, tem de tudo que precisa pra viver.

Rui : Chefe, Yuri vai chegar com carregamento de drogas do comando daqui a 10 minutos

- Cadê o Tuco? - pergunto

Tuco : cheguei no auge, atividade há mil - fala todo felizinho

- A gente vai invadir a Conceição, vou derrubar o Tito e assumi aquele Caraí, com dois exército, acabo com a Colômbia

Guga : Mas são do comando rival, chefe

- que se fodam, mexeram com o morro errado parceiro, nunca fui pacífico.

Guga : Falar com o comando? - nego com a cabeça

- Esse b.o é meu, se eu perder meu morro, a responsabilidade vai ser minha.

Tuco : A gente nunca perde - ele dá um sorriso debochado

- exatamente, quero todo mundo no treino. Armamento pesado, vamo invadir essa porra daqui dois dias. Eles não vão nem saber o que atingiram eles.

Os moleques vão resolver as coisas e vou fazer minhas contas, já é a segunda vez que a conta da boca 5 não fecha e eu tô só fitando, tá aumentando o valor.

Próxima vez quem vai bater lá sou eu, por que um vez eu entendo que pode ter sido erro na parte do embalamento com a grama, segunda vez já fica na mira, na terceira ou tu tem uma explicação muito foda ou vai explicar pro cão. Perdoou roubo não, fio.

É a lei do cão nessa porra!

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