Ficar ou correr? romance Capítulo 928

“O que vai acontecer se os Menezes abrirem a caixa e perceberem que foram enganados?”, perguntei.

“Eles estão com a caixa falsa, que não tem como abrir. Infelizmente, isso significa que vão continuar nos perseguindo, então estamos com mais problemas pela frente”, Pedro sorriu e previu.

“No fim das contas, os Menezes estão atrás de dinheiro. Eles já são muito ricos. Por que essa obsessão por mais dinheiro?”, suspirei.

Antes que percebêssemos, já havíamos chegado à residência dos Machado. O lugar estava bem iluminado. O mordomo nos cumprimentou, entregou a chave do carro ao manobrista e nos conduziu para dentro da casa.

A mesa já estava posta, mas apenas Luiz estava presente.

“Letti, você chegou! Venha, o jantar já está pronto. Vamos comer.” Ele veio nos receber calorosamente.

Depois de cumprimentar Luiz, olhei ao redor e percebi que Marcelo não estava. “Marcelo ainda não voltou?”

“Ele está a caminho. Não precisamos esperar por ele. Vamos começar.” Luiz nos mostrou nossos lugares e pediu para as empregadas servirem o jantar.

Assim que nos sentamos, ouvimos um carro chegando. “Esse malandro tem um ótimo senso. Aparece bem na hora do jantar”, Luiz zombou.

“Meu Deus, vocês chegaram cedo. Não esperava que viessem tão cedo assim. Achei que vocês só fossem aparecer por volta das 20h”, Marcelo disse, enquanto entrava.

Virei-me para olhar e franzi a testa ao ver sua acompanhante.

“Moleque, cai fora!”, Luiz berrou.

“Tio Luiz, não seja tão mal. Eu estava ocupado, mas ainda assim tirei um tempo para vir quando você pediu. Como pode me expulsar antes mesmo de eu esquentar a cadeira?” Ele então se virou para Ivone, que estava ao seu lado, e incentivou: “Entrega o presente que você comprou especialmente para o tio. Isso deve agradá-lo.”

Ivone caminhou até Luiz com um grande sorriso e uma caixa de presente nas mãos. “Tio Luiz, Celo disse que você gosta de chá. Espero que goste deste aqui. Experimente quando tiver um tempinho.”

Ela apresentou o chá com as duas mãos e um sorriso impecável. Parecia uma verdadeira dama elegante e refinada.

Todo o tempo que passou com as socialites não foi em vão. Ela aprendeu bastante com essas mulheres. Se eu não tivesse visto o lado feio dela quando nos encontramos no bar anos atrás, teria acreditado que era uma herdeira de família rica.

Ana entrou com sua babá e o filho. O rosto de Luiz se iluminou quando ouviu a voz de Quemuel. Ele correu para pegá-lo no colo.

“No futuro, deixe que eu mande o motorista te buscar. É um sacrifício para você e o bebê”, Luiz começou a conversar com Ana.

A voz suave dela podia ser ouvida: “É só uma curta distância daqui. Liguei para avisar que chegaria tarde e que não precisavam nos esperar, mas você...”

Ela parou de falar de repente. A presença de Ivone e Marcelo a surpreendeu.

Recuperando-se rapidamente, ela se virou para nós, com um sorriso ainda no rosto. “Peço desculpas pelo atraso, Scarlet e Sr. Carvalho. Saímos tarde de casa e ficamos presos no trânsito.”

Sorri e balancei a cabeça, indicando que estava tudo bem. Conversamos brevemente antes de nos sentarmos para jantar. Quemuel ficou aos cuidados da babá na sala ao lado.

O que deveria ser um jantar familiar aconchegante se tornou uma situação desconfortável. Apenas Marcelo continuava comendo, alheio a tudo.

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