Ficar ou correr? romance Capítulo 927

Pedro olhava pela janela do carro, imerso em pensamentos. Demorou um pouco para responder: “Ele está atrás de dinheiro, mas não de mim.”

Olhei para ele, confusa.

Ele ergueu a sobrancelha e alertou: “Cuidado! Sinal vermelho!”

Virei rapidamente para frente e pisei no freio, assustada.

Ele bateu a mão na testa e zombou: “Consegui escapar ileso do Sávio, mas no fim das contas morro por causa da distração da minha esposa. Isso é um pouco exagerado, não acha?”

Franzi a testa e o repreendi: “Pare de falar besteira.”

Ele riu, e a tensão no ar se dissipou.

O semáforo ficou verde e continuei dirigindo.

No caminho, ele me contou os detalhes: “Foi o Adriano. Ele deve ter sofrido muita pressão da família quando perdeu uma fortuna por causa do incidente em Moranta. Contratou o Sávio para fazer um escândalo, declarando guerra oficialmente contra mim. Suspeito que ele esteja atrás de um assunto há muito tempo negligenciado.”

“Que assunto negligenciado?” Eu não fazia ideia.

Ele começou a me contar uma história.

“Trinta anos atrás, os Menezes não estavam envolvidos na indústria do petróleo. Eles tinham algumas fábricas e uma empresa farmacêutica. Naquela época, os negócios deles não eram tão diversificados nem tão grandes como são hoje. O principal nome no setor de petróleo eram os Silveira, uma das famílias mais proeminentes de Nova Itália naqueles dias. A indústria do petróleo não era tão importante naquela época, então os Silveira deram a concessão desse negócio à filha adotiva deles, Bianca Machado. Quando Bianca se casou com a família Menezes, ela trouxe o negócio do petróleo para essa família também.”

Fiquei boquiaberta. “A Bianca Machado que você mencionou é a minha avó?” Eu precisava tirar a dúvida.

Pedro assentiu.

Pedro me olhou e assentiu: “Eu sei.”

Meus olhos se arregalaram. “Como você consegue ficar tão calmo sabendo disso?” Eu não conseguia imaginar as consequências, agora que o documento de concessão de petróleo estava nas mãos de Adriano. Embora a concessão de petróleo tenha retornado ao Estado, ela foi originalmente um ativo privado. Não houve uma transferência oficial, então os Menezes poderiam trazer o assunto à tona e buscar uma reparação legal.

Ele sorriu e confessou: “Eu tive a previsão de trocar a caixa.”

Fiquei atônita. “Se o Adriano descobrir, vai querer nos matar. O documento naquela caixa vale uma fortuna absurda. Se os Menezes conseguirem esse dinheiro, eles terão algum fôlego e poderão continuar sua luta contra os Carvalho.”

“Pelo visto, ele ainda não abriu a caixa.” Pedro sorriu com confiança.

Fiquei intrigada com sua atitude despreocupada. “Como pode ter tanta certeza de que ele ainda não abriu a caixa?”

“Se tivessem aberto, conhecendo os Menezes como eu conheço, eles teriam divulgado para atrair atenção. Também teriam entrado em contato com o Ministério das Finanças para buscar um recurso legal e revisar a questão. Isso traria uma fortuna para os Menezes. Seria impossível não ouvir falar disso”, ele respondeu.

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