Ficar ou correr? romance Capítulo 922

Achei a reação de Pedro um tanto bizarra e perguntei: “Por que ir ao hospital? Não é nada tão sério.”

Ele veio até o meu lado e me olhou carinhosamente. “Todo mundo deve fazer um check-up anual. Acho que já faz cerca de um ano desde o seu último.”

Eu assenti distraidamente e voltei a me deitar na cama. Como Pedro tinha deixado a cama só para mim, eu me espalhei alegremente por toda a largura, suspirando de satisfação e conforto.

Era o começo do inverno, e a temperatura em Nova Itália havia caído bruscamente. Pedro estava determinado a me levar ao hospital e já estava de pé cedo. Eu tinha sido acordada pelo barulho de suas atividades matinais e estava sentada na sala de estar, ainda bocejando e meio adormecida.

Naquela manhã, ele havia servido cereal para nós dois. “Quer nozes picadas?”, ele perguntou, aparecendo com a cabeça na porta da cozinha.

Eu assenti, com os olhos lacrimejando dos vários bocejos que soltei. “Claro.”

Era uma manhã fria e nebulosa. Só de pensar em sair no ar gelado, senti um arrepio e mentalmente me lembrei de colocar mais camadas de roupa antes de sair.

Pedro saiu da cozinha com duas tigelas de cereal nas mãos. Ele as colocou na mesa e acrescentou: “Quer panquecas também?”

Eu espirrei e respondi, fungando: “Não precisa. Só o cereal já está bom. Já que vamos ao hospital, por que não passamos na casa da minha mãe e levamos a Suelen? Podemos fazer um check-up nela também.”

Pedro concordou. “Vamos comer, então!”

Sem dizer mais nada, eu comi o cereal rapidamente. Pedro me olhou e repreendeu: “Não dá para comer um pouco mais devagar?”

Me senti completamente repreendida, como uma criança que acaba de levar um puxão de orelha.

Então, lembrei que Nicole estava de volta a Nova Itália, e comentei com Pedro: “A Nicole está de volta a Nova Itália. Devíamos levá-la para jantar e colocá-la a par das novidades. Além disso, não me sinto muito segura deixando ela por conta do Adriano.”

Pedro assentiu e respondeu: “Tudo bem. Chame-a para ficar aqui ou arranje um hotel para ela. De qualquer forma, não é seguro para uma mulher andar sozinha por Nova Itália.”

“Adriano não vai machucá-la, vai?”, perguntei, ansiosa. Desde o incidente no armazém, minha opinião sobre ele havia mudado completamente. Por isso, estava um pouco cautelosa quanto à segurança de Nicole ao lado dele.

Vendo que eu já tinha terminado meu cereal, Pedro empurrou sua tigela na minha direção. “Você está com fome, não está? Coma!”

Senti um calor no coração. Na verdade, eu não estava tão faminta, mas comi o resto do cereal com prazer.

Dei um pequeno suspiro e respondi, com o coração apertado: “Tudo bem. Iremos até lá.”

“Obrigada, Sra. Carvalho”, ela respondeu, com a voz trêmula. Encerramos a ligação de forma sombria.

Quando guardei o telefone na bolsa, Pedro me olhou com uma preocupação óbvia nos olhos. “O que aconteceu?”

Parei por um momento e respondi, ainda abalada: “É a filha de Sasha, Rafaela. Seus avós interromperam o tratamento e viajou para outro local. Ela faleceu durante a viagem, e o corpo dela chegará hoje em Nova Itália para ser enterrado.”

Pedro franziu a testa. Depois de um momento de silêncio, sugeriu: “Podemos ir depois da visita ao hospital?”

Balancei a cabeça. “Vamos para o aeroporto. Vamos acompanhá-los até o cemitério.”

Pedro concordou após refletir um pouco. “Certo, vou com você.”

A notícia da partida repentina de Rafaela me deixou em choque. Eu sempre tive esperança de que, se ela aguentasse o sofrimento atual, eventualmente se recuperaria.

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