Ficar ou correr? romance Capítulo 915

Pedro se apoiou no encosto de sua cadeira. Seu sorriso se alargou.

“Minha esposa é a melhor!”, disse.

Enquanto cuidava de seu ferimento, me lembrei de perguntar: “Me diga a verdade. Você deve ter dito ou feito algo para a secretária jogar água quente em seu peito. O que você fez?”

Seu olhar ficou sério. “Acha que sou esse tipo de pessoa?”, disse.

Dei de ombros. “É difícil dizer.” Sem perceber, aumentei minha pressão sobre seu ferimento. Como um ato de vingança mesquinha, ele mordeu meus lábios levemente.

“Criatura sem coração.”

Depois de cuidar de seu ferimento, ajudei-o com sua camisa. “Suelen está gripada. Desde que chegou à Nova Itália, seu sistema imunológico piorou. Depois de conversar com a mamãe, estamos pensando em trazê-la de volta para Passo Largo para se recuperar.”

Por alguns momentos, Pedro abaixou a cabeça, pensando profundamente. “Tudo bem. Vou precisar finalizar alguns detalhes na empresa. Quando Júlio voltar de Moranta, a levaremos para lá.”

Isso foi tão tranquilo que foi quase inacreditável. “Se você for embora, Júlio consegue?”

“Temos o Armando para nos ajudar. Nada com que se preocupar.” Ainda sentado, abraçou minha cintura de brincadeira. Notei a lancheira fofa em sua mesa. “Você comeu fora? Ou alguém lhe enviou comida?”, eu disse.

“Pedi comida para viagem. Não havia tempo para comer fora.”

Eu concordei, sem intenção de perguntar mais nada.

Nos dias seguintes, Pedro e eu ficamos grudados um no outro como cola; comíamos, vivíamos e íamos trabalhar juntos. Um belo dia, enquanto estávamos relaxando em seu escritório, recebi uma ligação de Ana.

“Scarlet, você está em Nova Itália?” Sua voz soou rouca.

Levantei-me. “Não se preocupe. Vou ligar para o papai agora.” Então desliguei o telefone.

Quando eu estava prestes a discar para Zachary, Pedro pegou meu telefone. “Com base na posição do tio Luiz, tenho certeza de que não farão nada com ele. Ele provavelmente está em algum lugar, respondendo a algumas perguntas. Espere mais alguns dias. Se seu pai se envolver, o que pensariam? Um oficial de alto escalão sendo amigo de um empresário duvidoso. Isso só pioraria as coisas para ele.”

Depois de considerar suas palavras, percebi o quanto precipitada eu estava agindo. Se eles encontrassem evidências concretas contra Luiz, ele já teria sido condenado. Esse silêncio só poderia significar que não tinham nada contra ele. Nesse caso, sem ter nenhuma notícia já era considerado uma boa notícia. Não ajudaria nem um pouco se eu me intrometesse cegamente.

“Então o que devemos fazer agora? Marcelo e Ana devem estar em pânico. Não podemos simplesmente ficar parados e não fazer nada.”

Pedro franziu a testa. “Como você sabe sobre a condição de Marcelo? Se ele é capaz de lidar bem com a Corporação Machado, tenho certeza de que ele deve ter pensado nisso também. Não se preocupe com Ana. Vou arranjar alguém para cuidar dela.”

Suas palavras estavam implicando algo. “Se Marcelo sabe que não pode se envolver no assunto do tio Luiz, por que ele não contou a Ana sobre isso? Por que ele está fazendo ela se preocupar?”, eu disse.

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