Ficar ou correr? romance Capítulo 576

Levantei a cabeça e olhei para Pedro. Ele não parecia se incomodar com a reação de Armando.

Pensei em consolar o homem bêbado, mas tinha medo de acabar rindo.

Pedro segurou meu pulso e me puxou para trás. “Deixe-o quieto. Ele vai ficar bem quando ficar sóbrio.”

Sussurrei: “Ele sempre fica bêbado?”

Pedro bateu seus dedos esguios em um copo de água e colocou o copo perto de seus lábios sensuais.

“Às vezes”, ele disse. Então, percebeu que eu estava encarando seus lábios. Ele colocou o copo de volta na mesa, sorriu de lado e soltou um resmungo.

Aquilo instantaneamente me tirou do transe. Limpei a garganta e tentei esconder meu desconforto. “Ah.”

Meu coração ainda estava disparado mesmo depois de desviar o olhar. O que ele é? O deus da luxúria e sedução?

Armando logo se acalmou. Ele desabou no sofá e adormeceu.

Pedro o observou por um momento antes de dizer: “Vamos para casa.”

Eu assenti. Mas antes de sairmos, perguntei: “Deveríamos levá-lo para casa?”

Pedro balançou a cabeça. “Vamos apenas levá-lo até o motorista.”

Ele se levantou, passou o braço em volta do pescoço de Armando e segurou o pulso do homem bêbado. “Vamos.”

Na entrada do Hotel Imperial, seu motorista veio e carregou Armando pelo braço. Então partiu depois de agradecer a Pedro pela ajuda.

Pedro deixou seu carro no estacionamento, então olhou para mim e disse: “Espere por mim. Vou buscar o carro.”

“Vou com você.” O estacionamento do hotel era grande, e levaria um tempo para ele chegar ao carro. Eu só queria acompanhá-lo.

Mas ele me deteve. “Está frio lá fora. Espere por mim no saguão. Logo estarei de volta.”

Então chamou um dos funcionários da recepção para me levar para dentro.

Contra minha vontade, retornei ao saguão e esperei.

De repente, Leonardo apareceu com uma mulher em seu braço, e eu fiquei surpresa.

“Não entendo o que você está tentando dizer, Leonardo.” Por que sinto que não conheço mais esse homem?

Franzi o cenho e me virei. Pedro havia chegado, e estacionou seu carro bem na entrada do hotel.

Parei por um momento antes de me voltar para Leonardo. “Vamos jantar quando você estiver livre.”

Ele arqueou as sobrancelhas, pegou o cigarro da mão da mulher e deu uma tragada. “Claro. Você organiza então.”

Seu comportamento desordeiro me deixou sem palavras.

Me virei, saí do prédio e ouvi a conversa de Pedro com aquela mulher.

A mulher se agarrou a ele e disse com voz trêmula: “Estou com você há dois anos, Pedro. Você deveria saber que sou muito melhor que a Scarlet!”

Era a voz de Raquel. Eu a reconheci de longe. Ela parecia bêbada, pois continuava se apoiando nele.

Ele sempre foi um cavalheiro. Do contrário, a teria afastado sem hesitar.

Pedro controlou sua raiva e levantou a voz. “Sai daqui!”

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