Ficar ou correr? romance Capítulo 561

Embora ela o admirasse, isso não significava que poderia conquistar o coração dele.

Para me manter entretida, peguei aleatoriamente um livro para ler, mas, sem perceber, acabei adormecendo após algum tempo.

Quando acordei da minha soneca no sofá, encontrei uma manta sobre o meu corpo. O escritório estava escuro, como se alguém tivesse ajustado as luzes.

Varrendo o olhar pelo cômodo, não avistei Pedro. Ele provavelmente ainda está na reunião. Por um tempo, continuei deitada ali antes de me esforçar para me sentar. Estava frio, e eu envolvi a manta firmemente em volta do meu corpo para me aquecer mais.

Enquanto ainda estava meio atordoada, alguém abriu a porta.

Era Júlio. Ao me ver acordada, ele se apressou: “Sra. Carvalho, está com fome? Deseja alguma coisa? Vou pedir para você agora mesmo!”

“Que horas são?”, perguntei curiosa. Olhando pela janela, notei que já estava escuro lá fora.

Ele respondeu prontamente: “São oito horas.”

“Pedro ainda está na reunião?” Eu franzi a testa.

“A conferência internacional acabou, mas ainda há mais discussões sobre a IA. O Sr. Carvalho quer que você coma algo primeiro”, informou Júlio.

“Ele já comeu?”

“Não.” Júlio balançou a cabeça.

Após pensar um pouco, pedi: “Você pode pedir dois pratos de bife e dois copos de leite? Gostaria que estivessem quentes. Além disso, por favor, traga uma porção de sobremesa também.”

Então, pausei para olhar o homem parado à porta. “Sr. Cordeiro, você já comeu?”

Embora ele tenha ficado surpreso por eu estar me dirigindo a ele, respondeu honestamente: “Não.”

Estalando a língua, mudei meu pedido. “Coitado de você. Nesse caso, por favor, peça três pratos de bife. Se quiser mais alguma coisa, sinta-se à vontade para pedir para você mesmo. O Sr. Carvalho vai pagar.”

Rindo, ele assentiu e saiu.

Depois disso, fui ao banheiro lavar o rosto e escolhi uma roupa de Pedro do guarda-roupa que ficava em seu escritório.

Quando saí, Júlio já estava lá com as caixas de refeição.

Olhei para o relógio novamente. Já está tarde, mas Pedro ainda está na reunião.

Bufando, decidi fazer uma visita à sala de conferências.

Júlio me seguiu sem intenção de me deter.

No início, parecia normal, mas no meio do caminho, percebi que algo não estava certo.

Virando para olhar o homem que vinha atrás de mim, trocamos olhares e ele riu timidamente.

Algo estava acontecendo. “Quantas pessoas estão na reunião?”, perguntei.

“Duas!”, ele respondeu.

“Quem são as duas?”

Por outro lado, Raquel permaneceu na sala de conferências, com uma expressão infeliz estampada no rosto. Ela exigiu: “Sr. Carvalho, não terminamos a reunião. Como está tudo bem para a Sra. Carvalho invadir assim?”

Com os braços ainda ao meu redor, Pedro falou: “Já passou do horário de trabalho, e está na hora de você ir para casa. Podemos revisar as coisas que ainda precisamos resolver amanhã.”

Ela claramente estava frustrada e queria continuar, mas Pedro a interrompeu.

“Sra. Zanete, eu sei que você não precisa se preocupar com seus pais ou entes queridos, pois mora sozinha. No entanto, eu não sou como você. Tenho uma esposa e uma filha, e quero passar tempo com elas após o trabalho. Obrigado por todo o esforço que você coloca no trabalho. Quanto às suas horas extras, Júlio vai resolver todo o pagamento de horas extras com o Departamento Financeiro. Você realmente deveria ir para casa, já está ficando tarde.”

Ele não deixou espaço para discussão.

Eu também não me importava com ela. Meu estômago roncou, e eu cutuquei Pedro. “Pedi para o Júlio pedir bife. Você não está com fome? Vamos jantar.”

Com um sorriso radiante, ele disse: “Minha esposa me conhece bem!”

Depois, voltamos para o escritório dele sem olhar para trás para ver a reação de Raquel.

Júlio já havia levado a parte dele para o próprio escritório, e eu fiquei sozinha com Pedro.

Cortando o bife, ele me olhou e se desculpou: “Não haverá uma próxima vez.”

Sua declaração abrupta me deixou confusa. “O que você quer dizer?”

“Quero dizer que vou garantir que minhas reuniões não se estendam tanto no futuro”, ele esclareceu enquanto colocava um pedaço de bife fatiado no meu prato.

Dei de ombros. “Está tudo bem. Fazia parte das suas obrigações no trabalho.” Lembrando do que ouvi na sala de conferências, mudei de assunto: “Você não pretende expandir o projeto de IA?”