Ficar ou correr? romance Capítulo 408

Quando Pedro viu que ela estava bem, disse: “Já chega. Vá para casa!”

“Hunf!”, zombou. “Por quanto tempo acha que pode continuar escondendo dela?”

Olhei para meu marido, confusa. “Há alguma coisa que eu deva saber?”

O homem parecia distante quando seu olhar caiu sobre a garota. Então se virou para Júlio, que acabara de resolver as coisas do outro lado. “Leve-a para casa.”

O outro assentiu, mas Rebeca o afastou quando tentou levá-la dali. “Acha que ninguém mais vai falar só porque eu não vou?”

Ela se virou e me lançou um olhar fulminante. “Você é uma id*ota patética, sempre feliz e contente enquanto todos te levam para passear.”

“Tire-a daqui!” A raiva permeou a voz do Pedro.

Júlio segurou-a na tentativa de levá-la à força.

Encarei aqueles olhos selvagens e afirmei: “Deixe-a falar.”

Aproximei-me e afastei Júlio dela. “O que queria dizer?”

Rebeca respondeu com um sorriso malicioso: “Pergunte ao seu marido. Vai adorar a surpresa se conseguir que ele fale.”

“O que está acontecendo aqui?”, perguntei.

“Vou te dizer quando voltarmos para casa.” Agitado, ele esfregou a testa e me puxou para o elevador para me levar embora.

Hesitante, não me mexi.

Ele não pareceu muito satisfeito. “Vamos para casa primeiro, tá?”

Fiz uma pausa momentânea antes de segui-lo.

Esperei na entrada do hospital enquanto Pedro ia buscar o carro no estacionamento, o tempo todo preocupada pensando sobre o que ninguém me contava.

Meu telefone então tocou algumas vezes. Eram mensagens com anexos.

Eram de um número desconhecido, e o primeiro se abriu para revelar uma foto de um bebê.

“Então ele ainda não te contou, hein? Você é filha de Carmen Antunes. Foi Pedro quem entregou a caixa de sândalo que sua avó te deixou para aquela mulher. Foi ele quem disse que era minha e também quem trocou nossas amostras de DNA.”

Ela continuou: “Não vê até onde ele foi para me fazer desfrutar de uma vida de luxos e riqueza enquanto você permanecia uma ninguém? Esta é a prova de que não te ama, e nunca vai amar.”

Meu corpo parecia estar desancorado enquanto eu cambaleava para trás e me sentava no chão.

A morte do meu filho, meu próprio encontro com a morte e a morte de Márcia foram maquinações de meu marido?

“Por quê?”, perguntei. De quem eu queria uma resposta, exatamente?

Rebeca riu. “O que acha? Porque ele nunca te amou. É a mim que quer proteger e cuidar. De que outra evidência precisa?”

Fiquei estupefata. Fiquei histérica. “Então, seu afeto era fingido, assim como todo o resto.”

Ela ficou encantada, pude ver. “Sim. Era tudo mentira.”

As pessoas que passavam entre as portas do hospital lançavam olhares de perplexidade em seu caminho enquanto eu continuava sentada lá.

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