Ficar ou correr? romance Capítulo 298

De alguma forma, fiquei perplexa com a situação.

“Suba e arrume suas coisas , então iremos para a minha casa. Felizmente, não está nevando muito hoje e as ruas foram limpas. Se esperarmos mais alguns dias, temo que a neve fique mais intensa e as ruas sejam bloqueadas."

Fui pega de surpresa. "Tenho que ir hoje?"

“Sim, será mais conveniente se fizermos assim. Vou ligar para o Pedro mais tarde e falar com ele. A nossa mansão é muito bem equipada, então só precisa trazer algumas roupas e sapatos. Vou avisar ao mordomo sobre a sua chegada. Ele preparará tudo ao seu gosto.”

Balancei minha cabeça, discordando.

"Não será preciso. Só vou ficar lá por alguns dias e, de qualquer maneira, não precisaria de muita coisa. Além disso, é perto de casa, posso voltar e pegar o que precisar.”

Ela sorriu e desviou o olhar para a Sra. Espíndola, que estava de pé ao meu lado.

"Sra. Espíndola, faça as malas também. Partiremos em breve. Dê uma olhada e veja o que a Letti possa precisar. Por favor, ajude-a a fazer as malas."

Atordoada, a Sra. Espíndola olhou para mim.

“É bem aqui do lado, para que tudo isso? Não seria muito incômodo ir de lá para cá. Por que temos que nos mudar?"

“É mais conveniente ficar lá. Ficar indo e voltando à noite é muito estressante. Então, apenas traga o que for necessário.”

Sem falar muito, a Sra. Espíndola subiu para fazer as malas.

No começo, pensei que se tratava de um plano de última hora. Para minha surpresa, notei que Suzana havia trazido dois motoristas quando cheguei à entrada. Fiquei boquiaberta.

"Pensei que seria melhor estar preparada, já que estava nevando muito, por isso deixei tudo organizado." Ela explicou depois de perceber o meu choque. Fiquei quieta, pois era impossível para mim voltar atrás e me recusar a ir com ela.

Na casa da família Vasconcelos.

Por causa da neve, a vista panorâmica da mansão era ainda mais deslumbrante. Algumas rosas de inverno foram plantadas no jardim. Com um jardim repleto de rosas cor-de-rosa e acompanhado pela neve, a vista era extremamente magnífica. Ao longo dos seixos cobertos de neve, havia um caminho que levava diretamente à entrada da mansão.

Ao entrar, pude ver que a placa memorial de Benjamin havia sido colocada na sala de estar. A mansão, antes gloriosa e animada, agora estava terrivelmente quieta. Enquanto isso, alguns empregados estavam ocupados limpando o pátio e Suzana pediu a um deles que me acompanhasse até o quarto no segundo andar. Como estava admirando a vista da varanda da sala de estar, de repente pensei que o ano novo estava chegando rápido.

Este ano passou muito rápido.

“Como vão as coisas com o funeral da sua mãe?”, perguntei, contraindo os lábios.

Como Clara e Benjamin eram divorciados, a família Barroso estava encarregada do funeral dela.

"Está indo relativamente bem!"

Ele massageou as têmporas. Era normal que ele perdesse o sono depois do que aconteceu. Ao perceber que ele não estava interessado em continuar a conversa, fiquei quieta. Já que Suzana havia ido para a empresa para tratar de alguns assuntos de trabalho, tinha pouco a fazer na mansão. Não muito tempo depois, ouvi a respiração pesada de Marcos. Parecia que ele realmente havia adormecido. Levantei-me, peguei um cobertor e o coloquei sobre ele. De repente, ele puxou minha mão.

"Fique comigo!"

Antes que pudesse reagir, ele voltou a dormir. Ainda estava segurando meu pulso, e tentei me afastar algumas vezes.

"Marcos, me solta!", exclamei, tentando me soltar. Ele levantou a mão e me prendeu ao seu lado.

"Fique comigo só um pouco, faz tempo desde a última vez em que dormi."

Percebendo a sua exaustão, fiquei em silêncio e fingi que estava tudo bem. Continuei sentada ao lado dele. Depois de algum tempo, ele caiu num sono profundo. Após observá-lo dormir por algum tempo, acabei caindo no sono também, sem ter muito o que fazer. Do nada, fui acordado por um som surpreendente. Abri os olhos, sem saber o que estava acontecendo. Então ouvi a voz de Suzana.