Ficar ou correr? romance Capítulo 1305

Pedro ajeitou o terno como se nada tivesse acontecido, e sua expressão era extremamente indiferente. Teodora, por outro lado, que por algum motivo estava a poucos centímetros de Pedro, ergueu o queixo enquanto nos olhava com desdém.

“

Scarlet, não ache que todos vão ceder às suas vontades. Tenho certeza de que todos viram claramente quem agiu primeiro. Se insistir, quem vai acabar envergonhada será você.”

Pelo tom dela, parecia que tinha caído na encenação de Pedro e me enxergava como uma dama submissa e bem-educada de uma família rica.

Porém, de fato, não tínhamos como rebater. A atuação de Marcelo costumava ser mais explosiva, e ele sempre acabava partindo para a agressão física. Como sabíamos que estávamos perdendo a batalha, não havia necessidade de criar mais problemas.

Naquele momento, Sérgio levantou-se lentamente para pôr fim à briga.

“

O que vocês estão fazendo? Estamos todos aqui a trabalho. Não há razão para levarem isso tão longe.” Embora suas palavras não fossem exatamente agressivas, carregavam uma crueldade extrema.

Ele fingiu suspirar e, em seguida, olhou para Marcelo. Com um tom de desculpas, disse:

“

Marcelo, já que está machucado, por que não leva sua irmã para casa? Entro em contato sobre a parceria outro dia.”

Mantendo o peso longe do pé machucado, Marcelo lançou um olhar de desagrado para Pedro e Teodora, fechou os olhos com irritação e acenou com a cabeça.

“Estou fazendo isso apenas por sua causa, Sr. Trivetti. Pedro, diga à sua mulher para se lembrar disso muito bem. Cedo ou tarde, vou me vingar dela!”

Embora suas palavras não fossem exatamente agressivas, carregavam uma crueldade implacável. Então, saiu mancando, arrastando o pé machucado.

Indignada, fiquei paralisada por alguns instantes antes de bater o pé de raiva e correr atrás dele.

Como Marcelo havia sido humilhado por uma mulher, sua expressão estava péssima. Da mesma forma, eu também estava de mau-humor. Sem dizer uma palavra, saímos do prédio da Corporação Trivetti.

Assim que entramos no carro, Marcelo soltou um suspiro de alívio e se inclinou para massagear o pé.

“

“

Sempre há uma solução para o problema. Quem pode enfrentar um demônio como você? Quando chegar a hora, Pedro vai dar um jeito de fazer todos eles desaparecerem.”

“Espero não ter que esperar muito”, Marcelo apertou os lábios, aparentemente sem se importar muito.

“Fazer os Zanettes e os Trivettis unirem forças é apenas o primeiro passo do nosso plano. Amanhã, prepare alguns fundos e procure investidores de varejo. Depois, vá para o mercado de ações e faça o preço do Pitcoin subir.”

“Sei o que fazer.” Marcelo cruzou os braços enquanto se recostava no banco de couro. Talvez tivesse usado muita energia em sua atuação, pois parecia um pouco cansado.

“O que foi?”, perguntei.

“Nada, só que de repente pensei em como Teodora estava defendendo Pedro e acabei lembrando da Ana”, respondeu Marcelo com tristeza. Seus olhos castanhos profundos encararam a janela, como se fosse um viajante solitário na noite.

De repente, uma frieza tomou conta do meu coração. Senti-me fria, fraca e desconfortável. Naquele momento, expressar meus próprios sentimentos parecia inadequado.

“Quando tiver tempo, vamos visitar o Kaleo juntos. Vocês ainda são uma família, não podem evitar um ao outro para sempre.”