Ficar ou correr? romance Capítulo 1256

Enquanto esses pensamentos passavam pela minha cabeça, não consegui evitar ficar olhando para meus bebês no carrinho de bebê. A dor no meu coração aumentava a cada segundo.

Eu não tinha medo da morte em si, mas o pensamento de sua iminente chegada me assustava, pois significava que eu não poderia ver meus filhos crescerem.Ah, se Deus pudesse ouvir minhas preces e me dar mais alguns anos de vida.

Desde o sequestro de meu filho, Marcelo havia melhorado o sistema de segurança em sua casa. Ele fez minuciosas verificações de antecedentes em todos os funcionários, garantindo que estranhos não pudessem infiltrar-se na residência Machado novamente. Dessa forma, todos na casa poderiam finalmente relaxar.

Uma semana após meu retorno, soube que Rose tinha dado à luz. Como Heitor e Rose sempre me trataram como uma irmã mais velha, sabia que precisava visitá-la.

Eduarda me acompanhou na visita ao hospital.

“O bebê é lindo. Ele é a sua cara”, o filho da Rose nasceu após nove meses de gravidez e parecia muito mais saudável do que meus gêmeos. Fiquei genuinamente feliz por ela.

“Obrigada”, Rose falou com dificuldade, com uma voz rouca e fraca, enquanto se encostava na cabeceira da cama. Ela estava sendo cuidada por uma senhora mais velha que parecia ser a empregada dos Fernandes.

“O Heitor continua ocupado com o trabalho?”, perguntei.

Rose baixou a cabeça e mordeu os lábios, em sinal de concordância.

Isso pareceu invocar a ira da cuidadora de Rose. Ela exclamou:

“

Por mais ocupado que ele estivesse, deveria ao menos ter comparecido enquanto sua esposa dava à luz. O Sr. Fernandes realmente ultrapassou os limites. ”

“Margarete…”, Rose tentou interromper as reclamações de Margarete, mas não teve sucesso.

“Você sabe que estou certa. O Sr. Fernandes deu uma olhada no bebê e não apareceu mais desde então. Ele nem sequer arrumou alguém para te cuidar depois do parto, e você teve que me pedir ajuda. Por que defende o Sr. Fernandes quando ele está te maltratando assim? Eu te vi crescer, minha querida… Não posso deixar que te tratem assim!”

Parecia até que ela poderia me incluir nas suas críticas.

Heitor sempre foi uma pessoa organizada, então eu não conseguia acreditar como ele foi descuidado com o parto de Rose. Ele realmente ultrapassou os limites dessa vez.

“Rose, isso é verdade? O Heitor está negligenciando você e seu filho devido ao trabalho?”, sempre tive uma ótima impressão de Rose, então estava do lado dela nessa situação. Ao mesmo tempo, queria esclarecer alguns mal-entendidos, caso estivesse tirando conclusões precipitadas.

“Não, claro que não”, Rose sorriu com dificuldade antes de continuar: “A Margarete só entendeu errado. Ela tem me cuidado desde quando eu era pequena e eu ficaria desconfortável se tivesse que lidar com uma estranha. Por isso, pedi para ela vir da casa dos Walkers. Não tem nada a ver com o Heitor.”

Sra. Carvalho, poderia parar de usar esse título?”

Eu ri enquanto apertava o botão do elevador.

“

Não sabia que você seria tão fácil de provocar.”

“Tudo bem, não diga que eu não te avisei. Não vou mais sair com você”, Eduarda fez um gesto de virar a cara.

“Ok, ok, não vou mais fazer piada com você. Mas, vai, me conta, por que não quer ser chamada de Sra. Machado?”, fiquei séria antes de fazer a pergunta.

“Por que eu não iria me importar? Olha a Rose. O Heitor obviamente a largou, mas ela continua defendendo ele. Parece que o nosso único papel como mulheres é satisfazer os desejos de um homem. Que vida cansativa!”, Eduarda suspirou.

Eu não concordava com sua afirmação.

“Para ser justa, e se o Heitor estivesse realmente preso em uma situação impossível no trabalho? A Rose só está criando desculpas para o Heitor porque ela o ama. Não acho que seja uma questão de ser homem ou mulher. O que cansa é estar apaixonada.”