Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 333

— Além do mais, o domingo é o tempo pessoal dele. Ele só faz hora extra aos sábados. — Completou Letícia, olhando para a amiga. Em seguida, deu uma tapinha leve no ombro dela. — Ai, não precisa ficar tão cautelosa. Meu irmão não é nenhum figurão. Você não tem que tratá-lo com tanta formalidade.

Mas Beatriz pensava o contrário. Para uma pessoa comum, o CEO do Grupo Martins já era, sim, um figurão.

— E se ele já tiver compromisso com amigos? — Perguntou Beatriz, ainda hesitante.

— Que desmarque, ué. — Retrucou Letícia sem pestanejar.

Beatriz ficou meio sem graça... Aquilo parecia um pouco demais.

— O que pode ser mais importante do que um convite seu? — Insistiu Letícia, com um ar convencido. — Meu irmão não teria coragem de recusar.

Beatriz sorriu, envergonhada e um pouco desconcertada. Letícia estava colocando-a num pedestal alto demais. Ela não se via com tanto prestígio assim.

Enquanto conversavam, o carro chegou ao Le Park Residence. Beatriz desceu e acenou para a amiga, despedindo-se com um sorriso.

Logo que o carro voltou a andar, Letícia pegou o celular e mandou uma mensagem ao irmão:

[Já saiu do trabalho?]

[Ainda não. Aconteceu algo?]

[Segredo~ É uma surpresa! 🎁]

No escritório, Eduardo leu a mensagem misteriosa da irmã e, vendo que ela se recusava a explicar, perdeu o interesse e voltou a revisar a última pasta de documentos do dia.

Só por volta das dez da noite chegou em casa. Assim que entrou no quarto, alguém bateu na porta.

Foi abrir e, claro, quem mais seria? Letícia.

— Aff... Fiquei esperando esse homem ocupado até agora, e nem consegui dormir. — Resmungou ela, cruzando os braços.

— E quando foi que você dormiu antes das duas da manhã, hein? — Retrucou Eduardo sem piedade.

Ela decidiu ignorar a provocação. Em vez disso, tirou de trás das costas uma caixa preta de veludo e a estendeu:

— Toma, é pra você.

— Ih, quando você começa a dar presente sem motivo, é porque vem pedindo favor em seguida. O que é que quer agora? — Disse Eduardo, desconfiado, sem pegar a caixa.

Letícia revirou os olhos.

— Almoço. Depois eu te mando o endereço do restaurante. — Respondeu Letícia, animada.

Eduardo assentiu com um leve movimento de cabeça. Depois, lançou outro olhar à irmã:

— Você vai junto?

— Óbvio que sim. — Disse ela, quase automática. Mas então se deu conta do que tinha dito... E estreitou os olhos, desconfiada. — Por quê? Tá querendo almoçar com a minha amiga... A sós?

— Não é isso. — Respondeu Eduardo, com seu habitual calmo. — Mas fiquei pensando que, de novo, você vai comer de graça.

Letícia ficou sem palavras...

Era isso. Estava decidido. Ela devia mesmo deixar o irmão almoçar com o vento do deserto.

— Pensando bem. — Continuou Eduardo, com um sorrisinho provocador. — Você nem ajudou com nada nesse caso. Já comeu duas vezes por conta dela, sem esforço nenhum.

Letícia soltou um risinho sarcástico, se endireitou e respondeu com orgulho:

— Três vezes, aliás! Acabei de voltar de um jantar com a Bia. E adivinha? Ela pagou!

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