Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 322

— Vai à merda, porra! Enquanto o divórcio não estiver oficializado, ela ainda é minha esposa! — Gritou Gabriel com ferocidade.

— Mas já está oficializado. O juiz já deu a sentença. Você pode até recorrer, mas isso não muda o resultado da primeira instância. — Respondeu Daniel com frieza. — E, se não soltar agora, vou chamar a polícia.

Ao ver aquele parasita se escondendo atrás da ameaça de chamar a polícia, Gabriel perdeu o controle. Ver Beatriz ainda defendendo aquele covarde fez o sangue ferver ainda mais. Sem pensar, fechou o punho e lançou um soco na direção dele.

O público ao redor, que assistia curioso, soltou gritos de espanto. O rosto de Beatriz mudou na hora, e ela se apressou para tentar impedir o golpe.

Talvez por já ter trocado farpas com Gabriel antes, Daniel estava atento. Conseguiu aparar o soco no tempo certo, bloqueando o golpe com firmeza.

— Senhores, por favor, calma! Vamos conversar com tranquilidade! — Disse um dos garçons, correndo até eles, assustado.

Com três garçons entre os dois, Gabriel não conseguiu desferir um segundo golpe. Beatriz, aliviada, recuou e virou-se rapidamente para Daniel, perguntando com preocupação:

— Daniel, sua mão... Tá tudo bem?

— Tá tudo certo. — Disse ele, com um tom calmo, tentando tranquilizá-la.

Mas a palma da mão dele estava vermelha. Beatriz conhecia muito bem a força de Gabriel, sabia que ele lutava, e ver aquilo despertou nela uma pontada de culpa.

Tudo aquilo estava acontecendo por causa dela. E Daniel... Já tinha se machucado mais de uma vez por conta disso.

— Gabriel, seu louco! Qualquer coisa você parte pra agressão! — Ela gritou, virando-se para ele, furiosa.

— Ele mereceu! — Rebateu Gabriel, sem nenhum sinal de arrependimento, os punhos cerrados e os olhos fixos em Daniel.

Beatriz sentiu um desânimo profundo. Aquilo era irracional, doentio. Sem pensar duas vezes, puxou o celular do bolso, decidida a chamar a polícia.

Mas, antes que pudesse discar, uma mão grande cobriu suavemente a tela.

— Eu menti por acaso?! O Daniel é sim um gigolô de merda! — Rebateu Gabriel, cheio de raiva. — Se não fosse por você ter conseguido aqueles dez milhões pra ele abrir a empresa, ele seria só mais um funcionário qualquer! Que empresa do caralho ele ia abrir?! E você... Você me usou por dois anos... Só por causa dele, por causa daquele dinheiro!

Seus olhos estavam tomados por dor, a voz embargada.

— Eu fui o idiota que você usou como trampolim. Eu fui o otário nessa história. Mas eu reclamei? Te cobrei alguma coisa? Fui atrás dos meus direitos? Não! Só quero saber uma coisa... — Ele respirou fundo, encarando-a como se buscasse desesperadamente alguma justiça. — O que é que ele tem que eu não tenho?!

A cada frase, a voz dele subia, oscilava, cheia de emoção.

As pessoas ao redor estavam todas em silêncio. Olhares fixos na cena. Havia quem sentisse pena do homem traído, usado. Outros olhavam para Beatriz com julgamento nos olhos, como se a condenassem por tê-lo abandonado.

Os olhos de Gabriel estavam vermelhos, e os músculos do braço estavam tensos, com as veias saltando pela raiva acumulada.

Ele queria respostas. Ele precisava de uma explicação. O que fazia Daniel tão especial? Por que ele nunca foi suficiente?

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