Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 300

Leonardo arqueou uma sobrancelha.

“Ué... Não era ele quem devia ganhar um almoço justamente por tentar fazer papel de cupido?

Agora estava sendo convidado só pra calar a boca? Desde quando existia convite grátis com essa finalidade?”

Mas ele não disse nada. O importante era: o almoço estava garantido.

Enquanto isso, do outro lado da cidade…

Beatriz já havia voltado pra casa. Depois de uma manhã inteira no tribunal, estava exausta e resolveu pedir um delivery.

A ligação por voz com Letícia ainda continuava, até que, ao abrir o aplicativo de comida, uma chamada telefônica entrou.

A conversa anterior foi automaticamente interrompida. Beatriz atendeu:

— Dr. Leonardo?

— Srta. Beatriz, venha almoçar. Te mandei a localização do restaurante. — Disse ele do outro lado da linha.

Beatriz franziu o cenho.

“Ué? Ela tinha insistido tanto pra convidá-lo mais cedo, e ele não quis. Agora, de repente, mudou de ideia?”

Abriu o aplicativo de mensagens e viu a localização que ele enviou. Estava prestes a responder com um simples “ok”, quando Leonardo completou:

— Só venha. Não precisa pagar nada.

Beatriz travou.

“Não é ele quem tá convidando? Como assim não precisa pagar?”

Ela ficou sem graça. Como cliente, era ela quem devia agradecer ao advogado, não o contrário.

— Não, quem convida sou eu. Você me ajudou muito, com provas e tudo mais. Isso é o mínimo que posso fazer. — Respondeu com firmeza.

— Você é teimosa mesmo, hein. — Disse Leonardo, rindo. — Quem vai pagar é o Eduardo. O irmão da Lê. Vocês se conhecem, né?

Beatriz mal teve tempo de pensar. A resposta escapou antes que pudesse se controlar:

— Não somos próximos.

Leonardo ficou em silêncio por um segundo.

Leonardo podia simplesmente estar explicando o presente. Mas ele começou a puxar o assunto pro lado do amor.

“Era isso mesmo?

Estava insinuando que o Eduardo... Gostava dela?”

Beatriz ficou com uma expressão travada, sem saber o que responder.

Leonardo, esse cara... Tirando a competência no tribunal, era completamente inconsequente.

“Será que ele tinha ideia do que estava dizendo? Quanta bobagem podia sair da boca de um só advogado?”

Ela abriu a boca, tentando corrigir aquela narrativa absurda, mas Leonardo foi mais rápido:

— Ele não te falou nada disso, né? — Perguntou, notando o silêncio dela.

Beatriz só murmurou um “sim”.

E então, como um ator de teatro dramático, Leonardo soltou com toda emoção possível:

— Ai ai ai… Meu amigo sofre calado! Uma simples garrafinha de perfume, por fora tão discreta… Mas por dentro… Um universo de sentimentos ocultos!

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