Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 299

— Você tem certeza que não chamou ele pra almoçar? Então por que ele disse aquilo? — Perguntou Beatriz, desconfiada.

— Ah, sei lá, vai que ele só tá falando besteira. — Resmungou Letícia.

Tirando ela, quem mais chamaria o Leonardo pra comer?

Aquele cara devia estar blefando só pra ver se ela mordia a isca e, assim, acabava convidando ele de verdade.

Enquanto isso, dentro de um carro, no meio do trânsito...

— Alô, amigo! Ganhei o caso. Bora pagar um almoço pra mim! — Disse Leonardo, ativando o viva-voz do carro.

A voz grave de um homem soou nos fones:

— Ué, você não tinha dito que ia me pagar quando ganhasse? Agora quer inverter o jogo? Fui eu que consegui um monte de provas pra você.

— Hahaha, mas os tempos mudaram, meu amigo! — Riu Leonardo. — Antes eu achava que você e a Beatriz não tinham nada, e ela era só minha cliente. Aí, claro, o almoço era por minha conta.

Do outro lado da linha, Eduardo franziu a testa. Antes que pudesse se explicar, Leonardo já emendou:

— Você me ajudou, sim. Mas, convenhamos, era a Beatriz que você estava querendo ajudar. Eu até perguntei na época. Não tenho moral pra te pedir acesso a câmeras de segurança, né?

— Eu só ajudei porque minha irmã me pediu. — Respondeu Eduardo, num tom contido.

— Ah, e que diferença faz? — Retrucou Leonardo, com naturalidade.

— Você... — Tentou falar, mas Leonardo o cortou com outra pergunta:

— E aí, curtiu o perfume que te recomendei? A Beatriz gostou? Mas acho que hoje ela não usou, não senti nada no ar...

— Eu só comprei. Não sei se ela gostou ou não. — Disse Eduardo.

Depois, com a voz mais firme, franziu ainda mais a testa e falou:

— Escuta aqui, você é um advogado sério, atuando num tribunal. Como é que vai prestar atenção se a Beatriz tá usando perfume ou não? Que falta de profissionalismo é essa?

Leonardo ficou sem palavras por dois segundos.

— Ei, fala sério, cara! Nunca teve uma namorada? Uma ficante, vai... Quando você tá perto, sente o cheiro do perfume dela, não sente?

— Nunca tive nenhuma. — Respondeu Eduardo, seco, como se estivesse falando do tempo.

— Tá bom. Já entendi. — Respondeu, simples.

— Manda a localização do restaurante. — Disse em seguida.

Leonardo sorriu de canto. Os olhos até se curvaram de satisfação.

“Ahh... E ainda jura que não gosta da Beatriz?”

Ele nem precisou insistir tanto e já estava ganhando almoço.

— Olha, se quiser a gente divide, tá? Não quero sair no lucro não. — Falou Leonardo, só pra provocar.

— É só um almoço. Não é como se eu não pudesse pagar. — Respondeu Eduardo, sem nem hesitar.

Leonardo soltou uma gargalhada gostosa, típica dele.

Logo depois, ouviu a voz seca do outro lado:

— Mas depois do almoço, você cala a boca. Chega de ficar tentando me empurrar pra ninguém.

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