Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 281

— Fique com o presente. Hoje vou deixar o café para outro dia, mas espero que me convide da próxima vez. — Ele disse com um leve sorriso.

— É valioso demais, eu ficaria constrangida. Por favor, aceite de volta. — Beatriz respondeu, apressada.

— Nem olhou e já disse que é valioso. — Eduardo retrucou.

— Vindo do senhor, Sr. Eduardo, com certeza não é algo comum. — Disse Beatriz.

— Você tem um bom vocabulário para bajulação, hein? Fica com isso. É só uma lembrancinha. — Eduardo pegou o saquinho de presente e o colocou diretamente nas mãos dela.

Se fosse qualquer outra pessoa tentando puxar seu saco, talvez ele se incomodasse, achando tudo muito interesseiro. Mas, vindo de Beatriz, ele sabia que havia um quê de ironia naquilo, com uma pitada de sarcasmo intencional.

— Aceitou o presente. Agora não tem mais desculpa. Nada de me criticar pelas costas, combinado? — Eduardo sorriu antes de virar e sair, caminhando tranquilamente.

Beatriz ficou parada.

Ela teve quase certeza: Letícia com certeza mostrou para ele aquelas mensagens em que ela o criticava. A vergonha subiu imediatamente.

Com o presente nos braços, ela olhou para as costas dele enquanto ele se afastava. Deu dois passos na intenção de alcançá-lo e devolver o presente, mas ele apenas acenou com a mão, interrompendo-a no ato.

— Eu o acompanho até a saída. Pode voltar. — Disse Daniel.

Beatriz apenas assentiu. Lançou um último olhar para Eduardo, que desaparecia na curva do corredor, e voltou para o setor.

Enquanto caminhava, não resistiu e abriu a caixinha para ver o presente. Era um frasco de perfume azul com detalhes dourados, envolto por um laço de seda azul em formato de borboleta.

“Seria um pedido de desculpas?

Eduardo... Se desculpando?

E ainda explicou que o que disse no sábado não foi uma provocação.

Talvez ele não fosse tão insuportável quanto parecia à primeira vista. Pelo menos sabia reconhecer quando errava.

Mas então... Por que ele fez tanta questão de encontrá-la no sábado? Se não era para zombar dela, qual era o motivo?”

Beatriz decidiu não se aprofundar demais. Afinal, ele também não disse nada. Provavelmente não era algo importante.

Assim que se sentou à sua mesa, os sussurros curiosos dos colegas começaram a pipocar ao redor.

Do outro lado da cidade...

Ao receber a mensagem da amiga com a foto, Letícia quase caiu da cadeira. A marca, o tipo, tudo batia. Era exatamente aquele perfume que ela tinha visto na noite anterior... Sobre a mesa do irmão.

Ele havia deixado bem claro o quanto valorizava aquele frasco. Não deixou ela nem encostar, e depois ainda guardou trancado no armário.

Ela até tinha perguntado discretamente à secretária para quem seria o presente, mas ele não quis revelar de jeito nenhum. E agora...?

Agora descobria que tinha sido pra Beatriz?

Sem pensar duas vezes, digitou e mandou uma resposta com duas palavras que explodiram na tela do celular de Beatriz.

Naquele momento, Beatriz estava bebendo água. Ao ler a mensagem, se engasgou na hora.

[Oi, cunhadinha!]

— Cof! — Beatriz começou a tossir, apressada em pegar um lenço de papel para limpar a água que tinha espirrado na roupa.

Não sabia dizer se estava tossindo por ter se engasgado ou se era pura vergonha, mas o rosto pegava fogo, e até as orelhas estavam quentes.

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