Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 275

Aquela mensagem...

Beatriz simplesmente não sabia como responder.

Digitava, apagava. Reescrevia, apagava de novo. No fim, soltou apenas um suspiro silencioso.

O sentimento de Daniel por ela sempre fora claro. Ele nunca escondeu. Declarou-se mais de uma vez, com sinceridade e coragem.

Mas antes, era por Gabriel que seu coração estava tomado demais para caber outro, e agora, ainda por causa de Gabriel, ela já não conseguia mais amar ninguém.

Beatriz havia sido ferida demais por esse tal de "amor". E hoje... Não tinha mais coragem de tentar outra vez. Nem queria fazer mais ninguém sofrer.

Perdida nos próprios pensamentos, sentia um vazio estranho. Uma espécie de desalento.

Talvez por não ter recebido resposta, Daniel enviou outra mensagem, gentil e oferecendo a ela uma saída:

[Tô brincando, viu? Foi só uma adaptação à situação. Nada demais.]

Beatriz sentiu um aperto no peito. Agradeceu pela sensibilidade e respondeu com uma mensagem pedindo desculpas.

Depois disso, finalmente escreveu ao diretor, solicitando que ele encerrasse imediatamente os rumores que circulavam dentro da empresa.

Quanto ao processo contra Gabriel, Beatriz já vinha se preparando havia dias.

Mas não esperava que a notificação chegasse tão rápido.

Às três da tarde, a recepcionista entregou um envelope no departamento de design.

Beatriz reconheceu imediatamente a origem, só de ler as primeiras palavras.

— O que é isso, Beatriz? Vai entrar com processo contra alguém? — Perguntou uma colega atenta, que conseguiu ler um trecho do documento por cima do ombro dela.

— Só uma pequena disputa. Nada sério. — Respondeu, de forma vaga.

— Precisa de indicação de advogado? Posso te passar alguns ótimos contatos! — Ofereceu a colega, prestativa.

— Obrigada. Já tenho alguém cuidando. Deve se resolver em um dia. — Disse Beatriz, sorrindo com gratidão.

Parecia mesmo algo simples, então a colega não insistiu.

Enquanto isso, Beatriz abriu a carta, tirou uma foto e a enviou para Leonardo.

Do outro lado, Leonardo analisou tudo e logo respondeu com segurança:

[Isso agora é comigo. Nada de conciliação. Nada de desistência. Já me preparei pra levar isso até o tribunal.]

Logo em seguida, os advogados das duas partes iniciaram contato.

A equipe de Gabriel, surpresa com a rapidez da resposta, repassou as informações ao cliente.

Naquele momento, no escritório presidencial do Grupo Pereira.

Achou tudo... Fraco. Amador. Sem qualquer ameaça real.

“Mesmo sendo da família Barbosa, eles não teriam coragem de peitar o Grupo Pereira. Ninguém tem.” pensou, com desdém.

Quinze minutos depois, seu celular tocou.

Era um dos advogados de sua equipe.

Gabriel atendeu. Ouviu tudo em silêncio e, ao final, falou num tom gélido:

— Você deixou claro quais seriam as consequências? E ainda assim ele quer seguir com o processo?

— Sim. O advogado deles foi arrogante. Disse que vamos perder sem chance de apelação. — Respondeu o advogado, incomodado.

Gabriel cerrou o punho com força. Os olhos se estreitaram com um brilho ameaçador.

Desligou.

Na hora, ligou diretamente para Leonardo.

A chamada foi atendida em poucos toques.

Do outro lado, a voz soou com ironia estudada:

— Ora, ora... Sr. Gabriel ligando pessoalmente para o meu humilde escritório? Que honra. Precisa de algum tipo de assessoria jurídica?

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