Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 259

— Eu vou… Pagar na mesma moeda! — Letícia declarou, com os olhos brilhando.

Ao ouvir isso, Beatriz sentiu um sinal de alerta acender.

— Letícia… O Leonardo é experiente. Quando vocês quase não se veem, pelo menos suas emoções ficam mais estáveis. Mas, se você começar a se aproximar de propósito, tentando seduzir e dar o troco… Cuidado pra não sair no prejuízo.

Letícia ainda sentia algo por Leonardo, disso Beatriz tinha certeza. Senão, não estaria tão abalada naquele dia. Nem estaria tão confusa com os motivos do encontro.

— Relaxa. — Letícia disse, com um meio sorriso. — Eu também não posso passar a vida toda fugindo, né? Vou te manter atualizada de tudo. Se eu pisar fora da linha, você me dá uma bronca, combinado? Você mesma disse: minha razão já desistiu dele. Só que ainda tô entalada com essa história, me sentindo passada pra trás.

Beatriz virou o rosto e olhou bem para a amiga. Apertou sua mão com firmeza.

Letícia nem teve coragem de aceitar um simples almoço naquele dia. Será mesmo que conseguiria manter o coração intacto?

— Não adianta eu insistir... Só espero que, se as coisas saírem do controle, você saiba parar a tempo. — Suspirou Beatriz.

Letícia assentiu com a cabeça e passou o braço pelos ombros dela num gesto carinhoso.

Ela até tinha esse plano em mente, sim. Mas não significava que ia se jogar em cima do Leonardo por aí. Tinha que ser algo casual, inesperado, encontros espontâneos. Só assim teria o efeito natural que queria. Se parecesse armado, o Leonardo ia sacar na hora. Ele era um mestre nesse jogo.

No dia seguinte, domingo.

Os três se encontraram num restaurante. Era Beatriz quem estava oferecendo o almoço.

— Daniel, obrigada por sexta-feira. — Disse Beatriz com sinceridade. — E também por ter segurado a barra com o Gabriel, por ter mantido tudo em sigilo… Só pra eu não ficar preocupada.

Ela devia muito a Daniel. Se não fosse por sua entrada na Aurora, nada disso teria acontecido.

— Que isso… Só fiz o que era certo. — Respondeu Daniel, com um sorriso tranquilo do outro lado da mesa.

— É, Bia, você não precisa carregar essa culpa. — Acrescentou Letícia, sentada ao lado de Beatriz. — E nem falou que ajudou ele a conseguir dez milhões pra abrir a empresa. Esse favor aí vale ouro, viu?

Daniel assentiu com a cabeça e comentou:

— É verdade. Se não fosse pela Beatriz, os projetos iniciais da Aurora não teriam deslanchado tão rápido. E os resultados que temos hoje provavelmente demorariam bem mais pra aparecer.

— Na época, quando soube disso, quase achei que a Bia tinha se casado com o Gabriel por sua causa! — Letícia se meteu na conversa, toda falante. — Mas vocês eram só colegas de faculdade… E, mesmo assim, você se jogou de cabeça.

Enquanto isso, na família Pereira...

Os homens que Gabriel tinha mandado seguir Beatriz enviaram fotos dela jantando no restaurante.

Ao ver que o homem do dia era Daniel, e não o herdeiro espalhafatoso do dia anterior, Gabriel continuou de cara fechada.

Porque o Daniel também gostava da Beatriz.

Gostava desde a época da faculdade. Já tinha até se declarado publicamente dentro da empresa.

Agora a situação era clara: ele já tinha dois rivais declarados, Daniel e Eduardo.

Quanto ao tal candidato a encontro arranjado... Bom, ainda não estava claro se ele realmente tinha interesse por Beatriz.

Afinal, eles nem chegaram a almoçar juntos no dia anterior.

Será que não rolou química?

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