Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 250

O irmão dela insistindo em dar em cima da amiga... Letícia já queria cavar um buraco e se enterrar ali mesmo. Era muita vergonha alheia. Será que dava pra pedir oficialmente a exclusão dele da família Martins?

— Não é possível. Já se passaram... Dezesseis minutos. — Disse Eduardo do outro lado da linha.

Letícia ficou sem palavras...

Ela quase explodiu. Aquilo já era o cúmulo. Pela primeira vez, achou que o irmão estava envergonhando o sobrenome da família, manchando a dignidade da família Martins com louvor.

Antes que ela pudesse responder, a voz dele voltou, num tom sério, como se estivesse genuinamente preocupado:

— Se ela ainda não saiu do banheiro, é bom dar uma olhada. Vai que comeu alguma coisa estragada... Ficar tempo demais agachada pode dar hemorroida, sabia?

Do outro lado da mesa, Beatriz cerrou os punhos.

Aquilo foi a gota.

Sentiu até o ar travar no pulmão.

“Que tipo de pessoa diz uma coisa dessas?!”

Ela sabia. Eduardo era aquele tipo de homem que só ficava satisfeito se irritasse os outros até a beira do colapso.

Estava quase achando que, junto com o processo de divórcio, deveria processar Eduardo também, por assédio verbal, importunação e por ser, no geral, um transtorno público.

— Demônio, criatura do inferno, sai do corpo do meu irmão AGORA! — Gritou Letícia, com o rosto todo vermelho, num rompante de pura indignação.

— Hã? O que você tá...

Do outro lado da linha, ele realmente parecia perdido, como se não entendesse a razão daquilo tudo. Mas Letícia não deixou nem terminar:

— Você não pode ser meu irmão! Aquilo foi repulsivo! COMO você teve coragem de dizer aquilo?!

Eduardo: “Mas... O que foi que eu falei?”

— PARA de me ligar! Você tá me fazendo passar vergonha! Perdi até o pouco de respeito social que ainda tinha!

Eduardo: “O quê??”

Antes que ele pudesse perguntar o que, exatamente, tinha feito de tão absurdo, Letícia já tinha desligado na cara dele.

E o deixou ali, parado, sem entender nada, com cara de completo idiota.

Na sala de jantar...

Agora, um pouco mais calma, começou a se desculpar compulsivamente pelo irmão.

— Tá tudo bem. Eu já conheço o jeito dele, e hoje consigo lidar com isso numa boa. Não carrega essa culpa sozinha, tá? — Disse Beatriz com calma. — Isso não tem nada a ver contigo. Eu sei separar as coisas.

Letícia quase chorou de emoção.

Ainda nem tinha descontado a raiva no irmão... E o maldito já estava ligando de novo.

Dessa vez ela nem pensou em atender. Estava traumatizada com medo de ele soltar mais uma barbaridade absurda.

Abriu o aplicativo de mensagens e começou a digitar como uma louca, os dedos quase deixando rastros de fumaça:

[Beatriz é minha amiga! Pelo amor de Deus, para com isso! Estou implorando!!]

[Ela nunca te fez nada! Por que você fica pegando no pé dela?! Sabe o que é ver sua própria cara afundar de vergonha na frente da melhor amiga?!]

Naquele momento, no escritório executivo do Grupo Martins...

Eduardo olhava a tela do celular, as sobrancelhas franzidas, antes de começar a digitar uma resposta.

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