Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 245

— Vamos, vamos! Hora de comer! Reservei um rodízio de wagyu só pra gente! — Disse Letícia, puxando Beatriz pelo braço, mudando de assunto.

Beatriz, sendo arrastada, franziu levemente a testa. Achou o comportamento da amiga um pouco estranho.

Na churrascaria.

Durante o almoço, apesar de Letícia ter dito antes que “não se importava”, não resistiu à curiosidade e começou a perguntar sobre os detalhes da conversa com Leonardo.

E, ao ouvir que, logo de cara, Leonardo havia soltado um comentário todo galanteador, ela cravou o garfo na fatia de wagyu e a despedaçou sem dó.

Sabia... Tantos anos se passaram, mas ele continuava o mesmo bon vivant. Não perdia uma oportunidade de flertar, sempre com aquele tom leviano.

— Letícia, tá tudo bem? — Perguntou Beatriz, ao vê-la meio aérea.

— Tudo, tudo. — Letícia respondeu, voltando a si. — Mas nem liga, Bia. Ele é um lixo mesmo. Viu uma menina bonita? Já solta piadinha. Não tem um pingo de noção. Pode considerar ele um típico canalha. Se fosse por ele, dava pra encher uns dez iates de namoradinhas. — Comentou, fazendo bico.

Beatriz deu um risinho e disse:

— Ele é bem bonito, né? E ainda por cima é rico. Ter várias namoradas é meio esperado... Sem falar que ele é super extrovertido, fala bonito, sabe agradar. Aposto que tem muita menina que cai nessa.

Ao ouvir a amiga elogiando alguém, Letícia fez uma careta de puro desprezo:

— Se quiser chamar ele de “príncipe dos flertes”, tudo bem. Mas eu prefiro chamar de “porco de terno”. Troca de mulher como troca de camisa!

Beatriz olhou para ela e apenas sorriu, sem dizer nada.

Achava que Letícia odiava o Leonardo de um jeito... Diferente. Não era como o desprezo que sentia por Gabriel. Era outra coisa.

“Talvez os dois tivessem brigado no passado? Afinal, Leonardo era amigo do irmão dela, e ele parecia bem interessado em vê-la... Vai saber.”

Mas Beatriz preferiu não perguntar. Era algo pessoal, e Letícia não parecia disposta a falar sobre isso. Apenas ficou ali, concentrada em mergulhar a carne no caldo.

Enquanto observava a fatia de wagyu chiar na grelha, Letícia parecia distante, mergulhada nos próprios pensamentos.

O brilho dourado da gordura derretendo na grelha parecia refletir o lago agitado que era seu coração, borbulhando, inquieto, em silêncio.

Leonardo era um mestre do jogo amoroso. Já tinha passado por mais mulheres do que ela tinha comido sal na vida.

Mais tarde, já em casa.

Letícia se juntou a Beatriz para tentar encontrar outras possíveis provas.

— Naquela época, vocês não tinham câmera de segurança em casa? Isso pode ser usado como evidência. — Disse Letícia, animando-se de repente. — Vai que tem alguma cena dos dois juntos, tipo na sala, na cozinha... Aí sim é prova irrefutável!

Beatriz lembrou do sistema de câmeras e imediatamente pensou: “Aquilo já deve ter sido apagado pela Vitória.”

Mesmo que não tivesse sido, Gabriel nunca permitiria que ela tivesse acesso a algo que o comprometesse.

— Ei, Bia... E se a gente fosse até a casa dele pra tentar pegar as imagens? Você morou lá dois anos, o pessoal do condomínio deve te conhecer. Nem precisa de cartão pra entrar. — Sugeriu Letícia, animada. — Mas... A senha da porta, né? E se o Gabriel mudou? Aí complica.

— Com certeza mudou. — Respondeu Beatriz. — Depois que eu saí de lá, ele deve ter trocado tudo.

Letícia soltou um suspiro. Seria uma prova tão boa...

— Mas você me deu uma ideia! — Disse Beatriz de repente. — A gente pode tentar com a administração do prédio. Ver se conseguem as gravações das câmeras da entrada. Se o Gabriel e a Vitória entraram e saíram juntos várias vezes, já é uma forma de comprovar que eles estavam morando juntos.

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