Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 241

— Claro que foi aquele desgraçado do Eduardo que disse com todas as letras! — Exclamava Gabriel, cheio de raiva.

O Sr. Henrique ficou em silêncio por alguns segundos. Se até o próprio Eduardo tinha assumido, então era certo que eles estavam juntos.

Não que ele fosse contra, mas estava um tanto preocupado... Será que os pais da família Martins aceitariam aquela moça?

Beatriz não tinha uma família influente, nem proteção de ninguém importante. Casar-se com Eduardo significaria uma estrada difícil pela frente.

— Isso não diz respeito a você. Não se esqueça de que vocês estão a um passo do divórcio. — Disse o Sr. Henrique, com firmeza.

Gabriel engoliu as palavras que estavam prestes a sair. Ele não pretendia se divorciar de Beatriz.

Assim que vencesse o processo, ela ainda seria sua esposa. E Eduardo? Que nem sonhasse em se casar com ela!

— Quero que vá atrás da Vitória e pegue de volta aqueles cinco milhões. Caso contrário, não me responsabilizo pelo que vou fazer. — O Sr. Henrique voltou a falar, com o rosto fechado.

— Semana passada o senhor me disse que tinha acabado com aquela mulher. Agora aparece bancando o generoso? Voltou a cair na armadilha dela? — A voz dele carregava um tom cortante.

— Não foi por ela, foi pela Beatriz! — Gabriel tentou se explicar. — O senhor não deixou eu procurá-la, então fui atrás do Eduardo pra saber como ela estava. Ainda pedi pra Letícia cuidar dela...

O Sr. Henrique não se convenceu.

— E você não pensou em pagar por fora? Por que transferiu logo os cinco milhões?

Gabriel ficou sem palavras, como se só agora tivesse se dado conta.

Era verdade... Ele podia simplesmente ter oferecido outro valor. Por que caiu no jogo sujo do Eduardo?

Deixava-se levar pela emoção, sem pensar. Naquele instante, os seguranças ainda o impediam de avançar.

A angústia de não saber como Beatriz estava o deixou cego, sem raciocínio. No fim, acabou cedendo exatamente como o outro queria.

— Se você não vai, eu vou. — Disse o Sr. Henrique, levantando-se. — Dois anos atrás, ela pegou dez milhões meus e foi curtir a vida no exterior. Agora que torraram tudo, volta com a cara lavada? Igual a um pedinte!

Resmungando de forma sarcástica, o Sr. Henrique saiu da sala, deixando o desprezo escancarado nas palavras.

O mordomo se aproximou para desamarrar Gabriel e ajudá-lo a se levantar.

Gabriel não tentou impedir o avô. Mesmo que ele não fosse atrás, ele mesmo iria.

Pegou o celular e ligou para aquele canalha do Eduardo. Assim que o outro atendeu, Gabriel foi direto ao ponto:

E além disso, ainda tinha a história da Beatriz ter sido sequestrada, com o dedo dela no meio.

“Pode esperar. O dinheiro vai voltar. E se não voltar, ela que vá se preparando pra apodrecer atrás das grades.”

Gabriel voltou pro quarto.

Como não podia sair no fim de semana, mandou Rafael entrar em contato com os advogados. Queria que eles reunissem todas as provas possíveis, até mesmo o que não fosse legalmente justificável, deveriam encontrar uma forma de parecer que era.

Esse processo de divórcio, ele ia vencer. Custasse o que custasse.

E ele estava confiante. Porque hoje em dia, a justiça favorecia a preservação do casamento. Desde que ele tivesse uma brecha mínima, um fio de esperança, o juiz daria ganho de causa a ele.

De um lado, Gabriel alimentava esperanças, aguardando ansiosamente pela audiência.

Do outro lado da cidade, na manhã de sábado, em uma cafeteria elegante...

Beatriz chegou ao local combinado e foi conduzida à sala reservada, conforme o combinado.

Quando o garçom abriu a porta, o homem lá dentro levantou os olhos e no instante em que seus olhares se cruzaram com os de Beatriz, o tempo pareceu parar.

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