Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 240

— Lê... Como o Sr. Henrique ficou sabendo do que aconteceu hoje à noite? — Perguntou Beatriz, com as sobrancelhas franzidas.

Letícia respondeu prontamente:

— Ué, por causa do Gabriel, né? Ele vive te perseguindo. Aí o Sr. Henrique mandou gente pra ficar de olho nele.

— E você sabe disso como? — Beatriz continuou, olhando de lado.

Letícia se engasgou por um segundo. Virou o rosto, tentando disfarçar o nervosismo, e respondeu com um tom leve:

— Hmm... Chute. Mas certeza que foi isso!

Na verdade, ela tinha ouvido claramente quando o irmão ligou da delegacia. Havia vários seguranças vigiando o Gabriel, como se ele fosse um preso em condicional.

Letícia não sentia um pingo de pena. Pelo contrário, achava que ele merecia.

Do jeito que ele vinha agindo feito um maluco, se não tivesse alguém controlando, já teria aparecido na porta da empresa todo santo dia pra infernizar a vida da Bia.

No sofá.

Beatriz estava sentada, com os joelhos encolhidos contra o peito, olhando distraída para um filme sem pé nem cabeça na TV.

Ela não se surpreendia que Gabriel soubesse do ocorrido, afinal, Vitória havia ligado pra ele pedindo dinheiro.

Mas o que a intrigava mesmo era como Sr. Henrique soube tão rápido.

Na mansão da família Pereira.

Os seguranças já haviam escoltado Gabriel de volta em segurança, ou melhor, sob custódia.

O que o esperava?

Nada menos que a fúria furiosa de Sr. Henrique.

Gabriel estava ajoelhado no chão, a cabeça baixa. Ouvia os gritos e broncas como um verdadeiro condenado.

Não ousava responder. Nem uma palavra.

Seu avô era idoso, doente... Não podia deixá-lo se exaltar demais.

Se fosse o pai dele, ah... Aí tudo bem. Daria conta de vê-lo desmaiado no caixão sem sentir peso na consciência.

— Sr. Henrique, respire fundo... Se acalme. É perigoso se alterar tanto assim... — O mordomo tentava acalmar o velho, massageando a ele as costas com delicadeza.

— Se um dia eu morrer, vai ser esse neto ingrato o responsável! Ele vai me matar de raiva! — Rugia o patriarca, apontando o dedo com indignação.

O mordomo lançou um olhar de canto para Gabriel, que permanecia de cabeça baixa, imóvel.

— Sr. Gabriel já reconheceu o erro. Ele está aceitando tudo, sem reclamar... Deixe sua raiva passar um pouco.

— Aceita tudo é o cacete! Só porque não rebate, não quer dizer que aprendeu! — Esbravejou Sr. Henrique, ainda mais irritado ao ver a expressão teimosa do neto. — Entra por um ouvido e sai pelo outro! Na primeira vez, dois seguranças não deram conta dele. Dessa vez botei quatro, e ainda acionei a segurança inteira do prédio... E mesmo assim quase escapou!

Sr. Henrique já estava roxo de raiva.

— Isso não é da sua conta.

— Foi o Eduardo que contou? Ou a Letícia? — Insistiu Gabriel, com o olhar começando a endurecer. Logo depois, rosnou entre os dentes. — Aqueles dois irmãos são um bando de vermes! Sempre metidos onde não devem! Só sabem causar problema!

“Receberam o dinheiro e ainda foram dedurar? Filhos da mãe!”

Ele ia acertar as contas com o Eduardo, nem que fosse no tapa.

— Olha o jeito que você fala! — Sr. Henrique o repreendeu com um olhar severo. — A família Martins tem laços com a nossa há gerações. São parceiros de negócios. Mesmo que não role casamento entre vocês, ainda assim deveriam ser amigos, no mínimo.

Mas Gabriel explodiu na hora:

— Quem rouba minha mulher não é meu amigo! Se eu não destruir a família Martins, já estou sendo bonzinho demais!

A frase ecoou como um trovão.

Sr. Henrique e o mordomo ficaram em choque.

Beatriz... Com Eduardo?!

Mas... Não era aquele outro rapaz, Daniel, que gostava dela?

Sr. Henrique franziu as sobrancelhas, confuso:

— E de onde você tirou isso?

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