Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 235

— Irmão, vamos já, tá? — Disse Letícia, acenando com a mão.

— Viu. — Murmurou Eduardo, sem desviar os olhos de Beatriz.

Letícia não percebeu, apenas foi direto para perto da amiga.

Daniel também se despediu e saiu, mas notou claramente: o Sr. Eduardo continuava com o olhar fixo em Beatriz.

Os três seguiram juntos. Um minuto depois, Daniel olhou por cima do ombro.

Lá estava ele. Sr. Eduardo continuava parado no mesmo lugar.

Não... Não estava apenas parado, estava olhando para Beatriz.

Daniel apertou os lábios. Agora tinha plena certeza: Sr. Eduardo gostava de Beatriz.

Do outro lado da rua.

Eduardo ficou observando o grupo se afastar, mantendo a mesma distância fria de sempre.

Beatriz não olhava para trás. Nem uma vez sequer.

Nem um único olhar, nem um gesto mínimo.

Agora ele entendia bem o que era "dar um tiro no próprio pé".

De manhã, ele ainda estava enchendo o saco dela, perguntando por que ela ficava o encarando tanto.

Pois agora ela não encarava mais.

E nem sequer olhava na cara dele.

Eduardo soltou um suspiro, resignado, e foi até o carro estacionado na calçada.

Precisava voltar para o escritório.

Com Beatriz.

Os três voltaram ao centro comercial. Letícia tagarelava sem parar sobre os cinco milhões, mas Beatriz não estava prestando atenção.

Vitória ia ficar presa por quinze dias e ainda teria que pagar indenização.

Tecnicamente, Beatriz deveria agradecer ao Eduardo por ter resolvido tudo.

Mas... Por que ela ficou com aquele nó na garganta e acabou não agradecendo?

Porque, no fundo, ela sabia, ou achava que sabia, que Eduardo só apareceu por causa da Letícia.

Não tinha sido por ela.

Agradecer seria como tentar puxar assunto, como se ela estivesse querendo criar laço onde não existia nenhum.

Pareceria forçado. Pior: pareceria que ela estava querendo se aproximar dele.

E conhecendo Eduardo, todo vaidoso e sarcástico como era, ele com certeza faria alguma piada dizendo que ela estava se iludindo.

Beatriz apertou os lábios, perdida nos próprios pensamentos.

— Obrigada. É muito bom ter você por perto.

— Óbvio, né? Somos melhores amigas, ué! — Letícia respondeu, com um sorrisinho travesso.

Ao ouvir isso, os olhos de Beatriz brilharam com uma doçura suave.

Ela não tinha amor. Nem família.

Mas, pelo menos, o céu tinha a ela dado uma amiga. E isso... Já era mais do que suficiente.

Como Beatriz estava com o braço machucado, mesmo dizendo que estava tudo bem, Letícia insistiu para que fossem jantar fora.

E claro, a conta seria paga com o dinheirinho arrancado do Gabriel, nada mais justo.

No restaurante.

Beatriz folheava o cardápio com calma. Letícia, do outro lado da mesa, respondia mensagens no celular.

Sim, Gabriel, aquele homem insuportável, tinha finalmente tirado ela da lista de bloqueados e mandado mensagem, pedindo fotos do ferimento da Beatriz.

Letícia respondeu:

[Ah, faz favor, né? Estamos jantando. Quando chegar em casa eu mando.]

Logo veio outra mensagem:

[Ela tá machucada e você ainda deixa ela cozinhar?! Você tem coração, Letícia?!]

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