Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 216

— Eu mal fui a outros setores da empresa. Na verdade, nem sei direito como os departamentos estão distribuídos. — Disse Beatriz, tentando manter a calma.

— Ah, entendi. — Respondeu Eduardo, como se refletisse sobre aquilo por um instante.— Por isso mesmo, o ideal seria o senhor ser acompanhado por alguém mais experiente. Um funcionário antigo poderia lhe proporcionar uma experiência muito mais completa.

Ao lado, os funcionários do Grupo Martins observavam a cena em silêncio. O CEO deles, mais uma vez, parecia estar pegando no pé da funcionária da empresa parceira.

Alguns até pensaram em intervir, mas ninguém teve coragem de abrir a boca.

Do lado da Aurora, Murilo e outros também perceberam o desconforto. Logo se pronunciaram:

— Sr. Eduardo, a Beatriz realmente é nova na empresa. Talvez não conheça todos os detalhes. Qualquer um de nós pode acompanhá-lo nessa visita.

Até Daniel se manifestou:

— Sr. Eduardo, por acaso estou com a agenda tranquila agora. Posso muito bem levá-lo para conhecer nosso espaço.

Ao ouvir todos tentando defendê-la, Beatriz sentiu um leve alívio no peito.

Durante a reunião, teve que aguentar as provocações em silêncio, mantendo a postura. Mas agora que tudo havia acabado, ele continuava a implicar com ela, como se estivesse se divertindo às suas custas. Como se ela fosse, sei lá, uma acompanhante de luxo à disposição.

“Ridículo.”

Ela já estava se preparando para se livrar de vez daquele homem, quando escutou a frase que a fez congelar:

— Justamente por você não conhecer, podemos explorar juntos.

Beatriz travou. Beatriz ficou indignada. Beatriz lançou um olhar fulminante.

“Mas o que é isso? Que tipo de homem tem a cara de pau nesse nível?!”

As pessoas dos dois lados ficaram em choque por um instante. E, um segundo depois, todos os olhares recaíram sobre Beatriz.

O Sr. Eduardo estava mesmo determinado a não deixá-la em paz.

Daniel apertou os lábios. Era óbvio que Eduardo estava provocando Beatriz de propósito. Mas, como se tratava de um cliente de altíssimo nível, não podia simplesmente barrar o pedido.

Com esforço contido, disse:

— Sr. Eduardo, posso acompanhá-lo junto com a Beatriz.

— Não precisa se incomodar, Sr. Daniel. Pode cuidar dos seus assuntos. Eu só quero dar uma volta informal. — Eduardo recusou com naturalidade. Deu dois passos à frente.

Beatriz engoliu em seco e silenciou.

Simplesmente continuou andando ao lado, sem dizer nada.

Na frente, os dois executivos conversavam. Atrás, os funcionários do Grupo Martins aproveitavam para tirar dúvidas com Murilo e o engenheiro. O grupo se dividia em interações animadas, menos ela.

Beatriz se sentia... Isolada.

Como se tivesse sido levada ali apenas para fazer figuração. Uma figurante bem-vestida, puxada pela coleira.

Caminhava em silêncio, com a expressão neutra, apenas acompanhando o grupo como sombra.

Mas lá na frente, Eduardo, que parecia concentrado na conversa com Daniel, lançava discretos olhares pela lateral. Seu campo de visão alcançava perfeitamente o rosto da jovem ao seu lado.

A pele dela era de um branco translúcido, impecável. Como clara de ovo cozida no ponto certo, macia e delicada.

O nariz pequeno e bem definido, os cílios longos e curvados... E os lábios, naturalmente rosados, estavam agora comprimidos. Um sinal claro de impaciência.

Ela estava contrariada. E ele sabia.

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