Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 175

— Enquanto papai e mamãe não desistirem dessa ideia de casamento arranjado, eu não volto pra casa. — Completou, com firmeza na voz.

Do outro lado, Eduardo ainda falou alguma coisa, mas Letícia franziu levemente a testa, abaixando o tom:

— Mesmo assim, também não volto. Minha amiga tá passando por um momento difícil e eu preciso estar com ela. Tá bom, chega. Vou desligar. Vai viver sua vida, se apaixona por alguém, para de tentar controlar a minha! Beijo, tchau!

E, sem dar tempo pra resposta, encerrou a chamada.

Do outro lado da linha, Eduardo ficou olhando para a tela do celular.

Levantou-se devagar, pegou o paletó no encosto da cadeira e chamou o motorista. Ia até o Le Park Residence.

No restaurante, Letícia pegou sua bolsa e virou-se para Beatriz com um sorriso decidido:

— Vamos. Hora de voltar pra casa.

Beatriz deixou-se conduzir, com o braço entrelaçado ao da amiga, enquanto dizia:

— Eu estou bem, viu? O Gabriel não sabe onde eu estou morando. Acho que seu irmão só ficou preocupado com você.

— Preocupado nada! Hoje cedo ainda foi me buscar... Deve ser só mais uma tentativa de me arrastar de volta pra casa pra aquele interrogatório triplo. — Respondeu Letícia, revirando os olhos. — Eu nunca tive intenção de me casar com o Gabriel. E depois de tudo que aconteceu com você… Descobrir que ele não só te traiu, mas também é agressivo, ciumento ao ponto de perseguir... Foi como ver o monstro inteiro de uma vez.

Quem poderia imaginar que o queridinho do momento, o empresário cobiçado do circuito social, era na verdade um lobo em pele de cordeiro?

Pelo visto, o cara sabia fingir direitinho. Tinha enganado quase todo mundo.

As duas saíram do restaurante e voltaram de carro, lado a lado.

Vinte minutos depois, do lado de fora do Le Park Residence.

Uma Ferrari vermelha parou discretamente na lateral da rua. Duas silhuetas femininas saíram do carro.

— Sr. Eduardo, são a Srta. Letícia e a amiga dela. — Avisou o motorista.

— Já vi. — Respondeu ele, os olhos fixos nas duas enquanto descia do carro.

— E que condomínio é esse? — Perguntou Gabriel, direto.

— Me desculpe, mas isso eu não posso informar. Privacidade de terceiros. — Disse Eduardo, com frieza contida.

Gabriel apertou os punhos com força. Estava prestes a explodir. Ao mesmo tempo que queria arrancar Beatriz dali imediatamente, também precisava se conter. Respirou fundo, tentando manter a calma.

— Isso não é invasão de privacidade! A Beatriz é minha esposa, a Letícia é sua irmã… Todos se conhecem. Por acaso pareço um criminoso agora?! — Disse, tentando argumentar.

— Vai saber… As duas são mulheres sozinhas, vulneráveis. Melhor prevenir. — Soltou Eduardo, com um tom de provocação clara.

— Você… — Gabriel sentiu o sangue subir, mas se forçou a engolir o orgulho. No fim das contas, era ele quem precisava do outro.

— Eu não vou fazer nada! Me diz onde você tá, que eu passo aí agora! — Disse Gabriel, já pegando a chave do carro.

— Já garanti que minha irmã não vai levar sua esposa pra nenhuma “aventura”. Meu papel eu cumpri. — Concluiu Eduardo, encerrando a conversa com voz neutra.

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