Eu!Matei a Vilã Secundária! romance Capítulo 203

Em meio à multidão, a mulher conversava ocasionalmente com o homem ao seu lado. Apesar de sua expressão indiferente, ele era claramente bem-educado, com seus quase um metro e oitenta de altura, parecendo um par perfeito ao lado de inês.

Noe Serpa sentiu ciúmes, um ciúme louco.

Ele percebeu que inês também poderia ser assim, suave e bonita, ao lado de outro homem, que ela poderia baixar todas as suas defesas e agressividade, mas ela nunca havia mostrado esse lado a ele.

Noe Serpa observava como um ladrão na calada da noite, querendo gravar a silhueta dela em sua memória, como se pudesse eternizá-la com o olhar. Antes, ele teria avançado com passos largos, e mesmo que não conseguisse separá-la do homem ao seu lado, iria lançar comentários sarcásticos para que nenhum dos dois ficasse confortável.

Mas agora ele estava com medo.

Medo desde que soube da verdade que Amado havia lhe contado.

Ele havia ignorado a dor dela, defendendo cegamente Eunice, mas a realidade o atingiu como um tapa na cara, mostrando o quanto ele estava errado.

Quantas vezes ele as empurrara para o abismo, observando-as sem nunca estender a mão para salvá-las!

Noe Serpa sentiu uma dor aguda no coração, uma dor latejante, quando Dorival, ao lado dele, notou sua expressão incomum e gritou: "Sr. Serpa?"

Ele rapidamente voltou a si, confuso, como se acabasse de acordar de um pesadelo e murmurou: "Dorival, quem é o homem ao lado da Inês?"

Dorival permaneceu em silêncio.

Ele insistiu: "Investigue! Eu quero saber! Mesmo que ela já seja minha ex-esposa, não é para qualquer um cobiçá-la!"

Foi quando seu assistente disse.

"Noe Serpa, a Sra. Guedes o amava, mas foi você quem a deixou ir embora."

A Sra. Guedes o amava, mas foi o senhor que a deixou ir embora.

Ele queria ir embora, desviar o olhar daquelas cenas ternas que não lhe pertenciam mais, da esposa e do filho que não eram mais dele, e seu coração parecia estar sendo rasgado ao meio, uma dor dilacerante.

Dorival olhou para o relógio e disse: "Sr. Serpa, está quase na hora do nosso encontro com o gerente Freitas, temos que ir".

O homem, como se não tivesse ouvido, continuou perdido em seus pensamentos.

Dorival repetiu, e Noe Serpa finalmente pareceu acordar, retirando seu olhar da cena distante. Sem dizer uma palavra, ele começou a andar, sentindo que cada passo era como pisar em lâminas afiadas.

Ele estava ficando louco de ciúme. Por que, inês, por que tão rapidamente havia outro homem ao seu lado, enquanto ele cruelmente permanecia preso nas lembranças, incapaz de esquecer ou limpar sua mente!

Se falarmos de crueldade, ele não era nem uma fração de inês e Amado, que estavam se vingando dele de uma forma dolorosamente satisfatória!

Ele havia perdido, perdido miseravelmente!

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