Ele acariciou a cabeça dela e disse: “Lá fora está muito frio. Daqui a pouco, vista o casaco de penas e não saia correndo por aí, entendeu?”
Mirella assentiu obedientemente.
“De agora em diante, considere que Mirella já não existe mais. Lá fora, vou chamá-la de Cátia.”
“Entendi, Nelson.”
A porta da cabine se abriu e Mirella, vestindo um casaco de penas, saiu correndo sem nem fechar o zíper.
Naquele momento, ela não tinha intenção de fugir, pois confiava cegamente em Antonio.
Antonio logo a alcançou, observando-a enquanto ela estendia a mão para pegar os flocos de neve.
A jovem estava com lágrimas no rosto, “É Cidade Nova, o vento que eu me lembro.”
Antonio se abaixou para fechar o zíper do casaco dela e amarrar o cachecol, “Você passou muitos anos vivendo em uma ilha, não está acostumada ao inverno, pode facilmente pegar um resfriado.”
Mirella sorriu carinhosamente, “Obrigada, Nelson, mas você não está com frio usando tão pouca roupa?”
Antonio a envolveu bem, enquanto ele próprio usava apenas um casaco longo de caxemira, que parecia bem fino.
“Não estou.”
“Podemos ir agora à família Barbosa? Eu só quero ver Nelson e minha irmã de longe.”
Antonio não conseguiu resistir, “Tudo bem, vamos ver. Se não, você não vai conseguir dormir esta noite, mas sua irmã não está na família Barbosa.”
“Não está na família Barbosa? Então onde está?”
Antonio a levou a um hotel, e só então Mirella percebeu, “Hoje é o aniversário da minha irmã!”
Muitas pessoas vieram celebrar com Marlene Barbosa, incluindo membros da família Barbosa e da família Lopes.
Mirella só conseguiu observar de longe, escondida na multidão.
Desde pequena, ela achava que sua irmã era mais inteligente, mais bonita e mais talentosa.
“Eu, eu esqueci o aniversário da minha irmã. Se soubesse, teria preparado um presente para ela.”
“Ainda há tempo.” Antonio não suportava ver seu olhar de dor extrema.
Mirella correu para o jardim e fez dois bonecos de neve, um grande e um pequeno, representando ela e sua irmã.
Antes de Marlene ir embora, ela viu os bonecos de neve sobre a mesa. O bonequinho segurava um pequeno bolo, com um graveto representando a vela acesa.
O olhar dela ficou paralisado.
“Irmãzinha…”
Ela saiu correndo desesperada, “Mirella, você voltou?”
Marlene não sabia que, dentro de uma caverna cenográfica, Antonio estava tapando a boca de Mirella, enquanto suas lágrimas escorriam pelo dorso da mão dele.
Irmã, sou eu, eu voltei.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Nossa eu nunca mas leio livro dessa autora Ângela Martins aff...
Não vão mais atualizar...
Por favor, atualiza esse livro. Estou amando, gostaria de saber o final....
Gente KD os capítulos por favor continua....
Nossa colocar 10 capítulos e some aff cadê?...
Onde estão os capítulos. Pelo menos poderiam dar um final, para que não fiquemos iguais a bobos todos os dias ....
Cadê o restante do livro não pare por favor...
Por mim está ótimo até aqui, não precisa mais esticar o livro, inventar novos desafios...