No entanto, embora o César tivesse uma história de vida triste, uma coisa não justificava a outra. Ele me levou para a ilha e me deixou com fome por alguns dias, além de fazer-me ajoelhar por um dia inteiro. Passar por algumas dificuldades não era problema.
Sempre separei claramente o certo do errado, os favores e as mágoas.
No corredor, o olhar de Cátia estava tingido de uma leve tristeza ao me encarar.
"Senhorita, é por minha causa, não é?"
"Não, foi por vontade própria. Não fique triste. Só sofri um pouco, mas troquei isso pela sua liberdade eterna. Valeu a pena."
Não contei a ela que, na realidade, eu não tinha muito tempo de vida.
Conseguir fazer algumas coisas antes de morrer era um grande ganho para mim.
Se eu pudesse salvar essa irmã, morreria sem arrependimentos.
"Senhorita, por que você entrou na minha vida? Eu... realmente não quero ser um fardo para você."
Ela não conseguiu conter as lágrimas que escorriam, ainda era a mesma chorona de quando criança.
Naquela época, minha irmãzinha medrosa chorava por qualquer coisa, e vários Nelson se revezavam para consolá-la, mas ela sempre ouvia mais a mim e era a mais ligada a mim.
Aqueles dias nunca voltariam.
Dos três Nelson, restava apenas Diogo, e eu, como irmã, estava completamente diferente.
Acariciei sua bochecha: "Porque eu prometi a você que não soltaria sua mão novamente. Cátia, você só tem vinte e cinco anos, ainda tem um longo caminho pela frente. Sei que você ficou feliz naquele dia do desfile, e cada dia sem o chip poderá ser assim."
Não gostava de chamá-la pelo nome, porque Mirella já havia sido manchado por Lucinda.
Por isso, teimosamente a chamava de Cátia, como o gato de rua que adotei.
Mesmo que tenha vagado sem lar na primeira parte da vida, depois de me encontrar, tudo seria seguro e tranquilo.
Cátia mordeu os lábios: "Mas ainda assim, senhorita, eu me sinto inquieta. Ele não vai me deixar ir facilmente."
Quando ele não sorria, percebi que seus olhos tinham uma ligeira semelhança com os de Nilton.
Pupilas frias e negras, como uma noite sem luar, profundas e misteriosas.
"Cátia, venha."
Cátia olhou para mim, e eu apertei levemente sua mão, lembrando-a do nosso acordo.
Ela entendeu e não provocou Antônio, caminhando em sua direção.
Eu também não interferiria, passando por eles.
Mas ainda estava preocupada, sentia que Simone estava emocionalmente instável, como se tivesse algum tipo de transtorno, e temia que Antônio tivesse herdado sua doença mental.
No final do corredor, olhei para trás.
E vi aquele homem alto abraçando Cátia firmemente, sua voz trêmula soou: "Cátia, você realmente quer me deixar assim?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Nossa eu nunca mas leio livro dessa autora Ângela Martins aff...
Não vão mais atualizar...
Por favor, atualiza esse livro. Estou amando, gostaria de saber o final....
Gente KD os capítulos por favor continua....
Nossa colocar 10 capítulos e some aff cadê?...
Onde estão os capítulos. Pelo menos poderiam dar um final, para que não fiquemos iguais a bobos todos os dias ....
Cadê o restante do livro não pare por favor...
Por mim está ótimo até aqui, não precisa mais esticar o livro, inventar novos desafios...