Eu costumava visitar frequentemente antes de partir deste mundo.
Em minha obsessão, embora nossa criança não tivesse se formado completamente, ela deveria ter tudo o que as outras crianças tinhm.
Já fazia tanto tempo desde minha morte que as flores murcharam e desapareceram, deixando apenas folhas secas e solitárias encostadas no túmulo.
As flores de épocas anteriores haviam perdido a cor e, uma vez secas, foram despedaçadas pelo vento.
Nelson olhou para aqueles buquês em diferentes estágios de murcha e não conseguiu mais se conter: as lágrimas quentes começaram a cair.
Não era tarde demais para chorar?
Talvez nossa criança já tenha reencarnado.
Esperva que ela não encontre pais como nós e possa viver em paz em sua próxima vida.
Nelson pegou um chocalho, tirou o pó com os dedos e o sacudiu gentilmente.
"Ding, ding, ding..."
"Lúcio, o papai veio te visitar, você consegue ouvi-lo?"
Um vento soprou, levantando as pétalas meio secas da flor mais próxima.
Aquelas pétalas pareciam representar o amor que estava se esvaindo entre mim e ele, que, mesmo que eu não tivesse morrido, continuaria a murchar até desaparecer completamente com o sopro do vento.
Nelson percebeu isso e rapidamente estendeu a mão para pegá-las.
Só conseguiu agarrar uma pétala, que se desfez em sua mão devido à força do gesto, já que havia perdido toda a sua umidade.
Abrindo a mão, só restaram fragmentos, que o vento logo dispersou, não deixando nem rastro.
"Não!"
Ele tropeçou tentando seguir, caindo em frente ao túmulo, sujando seu traje caro com lama e ficando em uma situação lamentável.
Não olhei novamente, então apenas acariciei o túmulo: "Lúcio, me desculpe, a mamãe está atrasada. De agora em diante, eu não poderei mais visitá-lo. Se realmente existir reencarnação, na próxima vida você deve definitivamente escolher um bom destino."
Esse lugar era um cemitério, onde muitas pessoas estavam enterradas, mas não encontrei ninguém como eu.
Agradeci ao assistente com um olhar.
Ele esteve do meu lado desde o início.
Era uma pena que uma lógica tão simples não passasse pela cabeça de Nelson, como se um zumbi a tivesse comido.
Nelson esfregou as têmporas: "Vá atrás das testemunhas que estavam lá naquele dia. Descubra o que realmente aconteceu. Com tantos pares de olhos, alguém deve saber a verdade."
"Sim!"
O assistente parecia um pouco animado: "Ah, Sr. Lopes, você conseguiu falar com a senhora?"
Nelson suspirou profundamente: "Desta vez, eu realmente a magoei."
Assim que ele terminou de falar, a ligação de Mirella tocou: "Nelson, onde você está? O céu está cheio de nuvens escuras, vai chover e trovejar esta noite. Estou com muito medo, você poderia vir ficar comigo?"
A expressão de Nelson não era mais tão adorável como antes, e sua voz era fria: "Tudo bem, eu também queria te ver."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Nossa eu nunca mas leio livro dessa autora Ângela Martins aff...
Não vão mais atualizar...
Por favor, atualiza esse livro. Estou amando, gostaria de saber o final....
Gente KD os capítulos por favor continua....
Nossa colocar 10 capítulos e some aff cadê?...
Onde estão os capítulos. Pelo menos poderiam dar um final, para que não fiquemos iguais a bobos todos os dias ....
Cadê o restante do livro não pare por favor...
Por mim está ótimo até aqui, não precisa mais esticar o livro, inventar novos desafios...