Carlos ficou tão furioso que seu rosto perdeu a cor: "Ácida e amarga como fel, não é de surpreender que uma mulher como você não seja amada por ninguém."
"Não sou amada? Desculpe, mas meu marido me ama mais do que você jamais será capaz de entender. Ele não é como você, um covarde insignificante. Somos apaixonados todas as noites, intensamente."
Fiz questão de mostrar as marcas no meu pescoço: "Está vendo? Isso é prova do quanto meu marido me ama! Ele é capaz de me fazer sua sete vezes em uma única noite, sem parar!"
Claramente, aquela marca provocou Carlos, que imediatamente ficou furioso e envergonhado: "Antes você nem deixava eu me aproximar de você, e agora está assim, tão facilmente, com outro homem... você..."
"Ela o que?" - Uma voz fria e masculina soou calmamente.
No final do corredor, Nilton aproximava-se lentamente em sua cadeira de rodas, fazendo meu rosto arder de vergonha.
Espera… Ele não ouviu o que eu acabei de dizer... ouviu?
Eu queria poder me esconder em um buraco no chão, nem mesmo ousava olhar diretamente para Nilton.
Carlos, evidentemente, tinha medo dele. Apesar de estar de pé, sua presença parecia minúscula diante da figura imponente de Nilton.
"Carlos, Sr. Lopes... que coincidência inesperada, não?"
A presença dominante de Nilton pressionava invisivelmente: "Por acaso, você se interessa tanto assim pela nossa vida conjugal?"
"Eu... Foi apenas uma observação sem importância. Minha noiva está me esperando, eu já vou. Não quero incomodar mais."
Não sei se Nilton fez algo que apenas Carlos pôde perceber, mas ele fugiu como se tivesse visto um fantasma, desaparecendo rapidamente.
Em pouco tempo, todos haviam partido, restando apenas Nilton e eu.
Minha mãe ainda estava na sala de ultrassom fazendo exames, e Otávio também estava do lado de dentro, incrivelmente sem ter sido expulso ainda.
Sentei-me numa cadeira no corredor, com o rosto queimando até as orelhas, encarando nervosamente meus dedos: "Como você veio parar aqui?"
"Estava um pouco preocupado, vim ver como você estava. Se não tivesse vindo, não saberia que sou tão impressionante aos seus olhos."
Ao ouvir sua voz brincalhona, rapidamente levantei a cabeça e gesticulei com as mãos: "Não me entenda mal, eu só estava falando para provocá-lo!"
Otávio sorriu, colocando a mão no meu ombro: "Janaína, você vai ter um irmãozinho ou irmãzinha."
Meu coração afundou.
Por que agora? Justamente quando minha mãe estava decidida a se separar... ela acabou engravidando!
Peguei o relatório médico para conferir. O bebê já estava com oito semanas.
Isso significava que a concepção aconteceu antes de eles voltarem ao país... um período nebuloso em minha memória.
Pelo que me lembrava, minha mãe e Otávio mal tinham contato, além das reuniões obrigatórias em feriados importantes para visitar a família Rocha.
Oito semanas, que coincidência.
Aquilo foi exatamente quando eu morri.
De repente, parecia que uma linha invisível conectava todos esses eventos improváveis.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Nossa eu nunca mas leio livro dessa autora Ângela Martins aff...
Não vão mais atualizar...
Por favor, atualiza esse livro. Estou amando, gostaria de saber o final....
Gente KD os capítulos por favor continua....
Nossa colocar 10 capítulos e some aff cadê?...
Onde estão os capítulos. Pelo menos poderiam dar um final, para que não fiquemos iguais a bobos todos os dias ....
Cadê o restante do livro não pare por favor...
Por mim está ótimo até aqui, não precisa mais esticar o livro, inventar novos desafios...