O frio cortante que soprava em nossa direção fez com que eu tremesse levemente, e foi nesse instante que Nilton finalmente me soltou.
Com delicadeza, ele passou os dedos no canto dos meus lábios, onde ainda restava um pouco da bebida, e me envolveu em seus braços, protegendo-me do vento gelado que vinha de todos os lados.
Sua voz rouca soou próxima: "Está gostoso?"
Pisquei, confusa, incapaz de formar um pensamento claro, apenas observando seus lábios se movendo.
Então, espirrei. Nilton esfregou meu rosto dizendo: "Vamos voltar."
Ao ouvir "voltar", instintivamente me levantei, pronta para ir embora, mas meu corpo cambaleava, incapaz de seguir em uma linha reta.
Meu pé se esbarrou em um guarda-sol, e tombei em direção ao chão com força.
Mas a dor esperada não chegou, pois havia caído diretamente nos braços de alguém.
No momento seguinte, o homem se abaixou e me ergueu com facilidade, sua voz cheia de carinho: "Sua bobinha, não caia mais assim."
Atrás de nós, Ivan se mostrou ligeiramente preocupado: "Senhor..."
"Não tem problema, não há estranhos por aqui."
Nilton me carregou vigorosamente em direção à van executiva.
Mesmo atordoada pela bebida, fiquei surpresa ao vê-lo se mover com tanta firmeza, enquanto eu balbuciava com dificuldade: "Suas pernas... estão bem?"
Ele me colocou no carro sem parecer nada incapacitado.
No carro, ele não me soltou, mantendo-me sentada em seu colo: "Sim, estão bem."
Balancei a cabeça: "Você está mentindo, suas pernas não estavam bem… Deixa eu passar a mão para ver."
Como uma criança insistente, tinha apenas um pensamento em mente: verificar as suas pernas.
Toquei suas pernas através de suas calças, mas não consegui discernir nada.
Meu olhar, então, pousou em seu cinto.
Pensando dessa forma, procedi com minha intenção, sempre curiosa.
Quando estava prestes a desfazer a fivela, uma mão grande segurou a minha. Ele falou em tom baixo: "Pare de brincar."
Frustrada por ser interrompida, fiz um beicinho: "Quero ver as suas pernas."
Tinha acabado de adormecer, mas fui despertada pelos sons ao redor. Murmurei, irritada: "Amor, está barulhento demais."
Ele me acalmou com um tapinha: "Já estamos voltando."
Nelson, surpreso com o rápido desenvolvimento entre mim e Nilton, falou seriamente: "Tio Nilton, a Marlene mal foi enterrada, e você já está de olho em outra. Isso é amor para você?"
Nilton sorriu friamente: "Foi você quem pediu para eu deixá-la em paz, prometendo que cuidaria dela. E o que aconteceu? Viajei para longe, reprimindo meus sentimentos, e como você a tratou? No final, nem conseguimos encontrar um corpo inteiro."
"Nelson, a Marlene se foi, e eu também tenho direito a uma nova vida. Janaína é sua tia agora! Lembre-se de quem você é. Se tentar interferir novamente, farei com que se arrependa!"
"O que pretende fazer com ela?"
"Estamos casados. Tudo que fizermos é legítimo."
Dizendo isso, Nilton me levou até o elevador, com a minha cabeça repousando lentamente em seu peito.
Quando a porta do quarto se fechou, todas as cortinas elétricas se fecharam automaticamente.
Nilton se levantou, ansioso para me colocar na cama grande.
Ele me colocou na cama com cuidado, ajoelhando-se ao meu lado. Seus olhos transbordavam desejo, e sua voz rouca sussurrou: "Querida, o que você deseja ver? Eu mostrarei tudo para você."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Nossa eu nunca mas leio livro dessa autora Ângela Martins aff...
Não vão mais atualizar...
Por favor, atualiza esse livro. Estou amando, gostaria de saber o final....
Gente KD os capítulos por favor continua....
Nossa colocar 10 capítulos e some aff cadê?...
Onde estão os capítulos. Pelo menos poderiam dar um final, para que não fiquemos iguais a bobos todos os dias ....
Cadê o restante do livro não pare por favor...
Por mim está ótimo até aqui, não precisa mais esticar o livro, inventar novos desafios...