Ele acenou com o dedo, me chamando para perto. A mão de Nilton pousou sobre minha cabeça, acariciando-a suavemente.
"Já disse, não precisa ser formal. Não me chame de Sr. Lopes quando estivermos a sós."
Pisquei, surpresa: "Então, como devo chamá-lo?"
Ele me encarou com um olhar profundo e firme: "Do jeito que me chama na frente dos outros. Pode continuar me chamando assim."
"Nilton... isso não seria desrespeitoso?"
Não sabia se foi apenas minha impressão, mas parecia que ele tinha algo diferente em mente para ser chamado.
"Não é."
"Está bem."
Levantei-me: "Vou me preparar para a organização do jantar."
"Pode ir."
Organizar um jantar tão grandioso, com convidados de tamanha importância, demandava atenção extrema a cada detalhe. Desde a escolha das bebidas até a decoração, passando pelo cardápio, tudo tinha que ser perfeito. Passei os últimos dias totalmente mergulhada nesses preparativos, sem sequer ter tempo para descansar.
Mal conseguia tomar banho antes de cair na cama, dormindo mais pesadamente do que se tivesse tomado um remédio para dormir.
Porém, durante a noite, eu sempre sentia uma estranha fonte de calor ao meu lado.
Meu corpo era naturalmente frio, e, apesar do quarto estar aquecido na temperatura ideal, às vezes acordava com as mãos e os pés gelados.
Inconscientemente, eu me aproximava da fonte de calor.
Em meio aos sonhos, sentia algo macio e quente tocar meus lábios.
Não sabia o que era, mas não me opunha a isso.
A fonte de calor parecia se mover dos meus lábios para o meu ouvido, descendo lentamente pelo meu pescoço, deixando uma trilha de carícias suaves.
Podia ouvir uma voz familiar sussurrando: "Marlene, minha Marlene. Finalmente você voltou..."
De quem era aquela voz? Tão familiar.
Tentei abrir os olhos, mas minhas pálpebras pareciam pesar toneladas.
Era como se eu estivesse consciente, mas incapaz de mover completamente o corpo, uma sensação de paralisia.
Gradualmente, meu corpo também começou a se aquecer.
Passei a noite envolta nesse calor reconfortante.
O vestido parecia ter sido feito sob medida para mim, ajustando-se perfeitamente ao corpo.
No entanto, por ser tão justo, não consegui fechar o zíper invisível nas costas.
"O que foi? Ainda não está pronta?" - A voz do homem soava impaciente do lado de fora.
"Nilton, não consigo fechar o zíper. Pode chamar alguém para me ajudar?"
No segundo seguinte, ele entrou no quarto deslizando em sua cadeira de rodas: "Venha aqui, eu te ajudo."
Apertei os lábios, consciente de que, embora estivesse usando um sutiã adesivo e não houvesse marcas de lingerie, as costas ficariam completamente expostas.
"Eu..."
Antes que pudesse protestar, ele me puxou para seu colo com firmeza. Uma mão envolveu minha cintura para me estabilizar, enquanto a outra encontrava o zíper.
"Já disse que não precisa ser formal comigo."
Talvez por estarmos tão próximos, seu hálito quente em minhas costas fez meu corpo tensionado tremer ligeiramente.
Ele sussurrou em meu ouvido com uma voz rouca: "Está tão sensível assim?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Espelhos da Alma: As Duas Vidas de Marlene
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Ameeeeei esse livro!!! Muito obrigada pelas atualizações, sei que é um trabalho árduo. Obrigada mesmo!!🙏🏻🥰...
Nossa eu nunca mas leio livro dessa autora Ângela Martins aff...
Não vão mais atualizar...
Por favor, atualiza esse livro. Estou amando, gostaria de saber o final....
Gente KD os capítulos por favor continua....
Nossa colocar 10 capítulos e some aff cadê?...
Onde estão os capítulos. Pelo menos poderiam dar um final, para que não fiquemos iguais a bobos todos os dias ....
Cadê o restante do livro não pare por favor...
Por mim está ótimo até aqui, não precisa mais esticar o livro, inventar novos desafios...