Encontros do Destino Após Longo Adeus romance Capítulo 54

Olavo era genuinamente honesto e respondeu com tranquilidade: "Não consigo comer tudo, é principalmente para garantir uma alimentação equilibrada."

Bem, que desperdício.

É impossível saber ao certo quantas pessoas morrem de fome ao redor do mundo, ano após ano, enquanto os ricos esbanjam sem qualquer controle. Ela compreendia que quem paga tem o direito de fazer o que quiser, mas não conseguia evitar o desconforto ao refletir sobre o abismo entre ricos e pobres.

Assim como entre ela e Olavo, a diferença era simplesmente enorme.

Quando terminou sua refeição, percebeu que o caldo na cozinha já estava pronto. Nadia colocou a tigela fumegante na mesa, pensou em soprar para esfriá-lo, mas então lembrou que Olavo poderia achar o gesto inapropriado. Assim, preferiu abanar com a mão.

"Pronto, agora não está mais quente, pode comer."

Ela ajudou Olavo a levantar, mas de repente foi derrubada por ele no sofá. Tentou levantar-se, mas então ouviu a voz fraca de Olavo: "Me ajude a tirar a gravata."

Nadia ficou atônita por um momento, e Olavo explicou: "Não é confortável comer com a gravata, e o paletó também precisa ser tirado."

Resignada, já que ele era o paciente, Nadia prontamente o ajudou a tirar o paletó. No entanto, ela hesitou no caso da gravata, sem saber como proceder.

"Ah… como se tira a gravata?" - Sua voz era quase inaudível.

Como assim? Nunca teve namorado? Nunca desfez a gravata dele?

Ao se lembrar de Hélio, Olavo franziu a testa de maneira instintiva.

Pensando bem, aquele rapaz nunca havia usado traje formal. Isso trouxe um inesperado alívio a Olavo: "Eu te ensino."

Então, pegou a mão de Nadia e a colocou no nó da gravata: "Desfaça aqui, e depois puxe suavemente."

Como uma aluna ávida e atenta, Nadia rapidamente dominou a técnica.

Com a gravata desfeita em mãos, ergueu o olhar para Olavo, exalando orgulho: "Veja, consegui!"

Com um leve sorriso, Olavo deu um pequeno tapa na cabeça dela: "Muito bem."

Nadia: ...

Bem, já que estava ajudando, o jeito era ir até o fim. Sem discutir, seguiu as instruções e pegou uma cueca aleatoriamente. Para evitar mais constrangimentos, virou o rosto para o lado e estendeu a peça: "Toma."

Antes de entrar no banheiro, Olavo lançou um olhar curioso e perguntou: "Você nunca viveu com o seu namorado?"

Não sabia o que havia de tão embaraçoso em uma simples cueca.

"Claro que não! Nós... estávamos muito ocupados com o trabalho, por isso só nos víamos nos finais de semana." - Nadia murmurou, mas Olavo ouviu tudo claramente.

"Que romântico." - Ele sorriu de canto e então entrou no banheiro.

Essas palavras, para Nadia, soaram como uma zombaria.

Ela chutou o ar várias vezes na direção da porta do banheiro até se sentir aliviada.

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