Olavo era genuinamente honesto e respondeu com tranquilidade: "Não consigo comer tudo, é principalmente para garantir uma alimentação equilibrada."
Bem, que desperdício.
É impossível saber ao certo quantas pessoas morrem de fome ao redor do mundo, ano após ano, enquanto os ricos esbanjam sem qualquer controle. Ela compreendia que quem paga tem o direito de fazer o que quiser, mas não conseguia evitar o desconforto ao refletir sobre o abismo entre ricos e pobres.
Assim como entre ela e Olavo, a diferença era simplesmente enorme.
Quando terminou sua refeição, percebeu que o caldo na cozinha já estava pronto. Nadia colocou a tigela fumegante na mesa, pensou em soprar para esfriá-lo, mas então lembrou que Olavo poderia achar o gesto inapropriado. Assim, preferiu abanar com a mão.
"Pronto, agora não está mais quente, pode comer."
Ela ajudou Olavo a levantar, mas de repente foi derrubada por ele no sofá. Tentou levantar-se, mas então ouviu a voz fraca de Olavo: "Me ajude a tirar a gravata."
Nadia ficou atônita por um momento, e Olavo explicou: "Não é confortável comer com a gravata, e o paletó também precisa ser tirado."
Resignada, já que ele era o paciente, Nadia prontamente o ajudou a tirar o paletó. No entanto, ela hesitou no caso da gravata, sem saber como proceder.
"Ah… como se tira a gravata?" - Sua voz era quase inaudível.
Como assim? Nunca teve namorado? Nunca desfez a gravata dele?
Ao se lembrar de Hélio, Olavo franziu a testa de maneira instintiva.
Pensando bem, aquele rapaz nunca havia usado traje formal. Isso trouxe um inesperado alívio a Olavo: "Eu te ensino."
Então, pegou a mão de Nadia e a colocou no nó da gravata: "Desfaça aqui, e depois puxe suavemente."
Como uma aluna ávida e atenta, Nadia rapidamente dominou a técnica.
Com a gravata desfeita em mãos, ergueu o olhar para Olavo, exalando orgulho: "Veja, consegui!"
Com um leve sorriso, Olavo deu um pequeno tapa na cabeça dela: "Muito bem."
Nadia: ...
Bem, já que estava ajudando, o jeito era ir até o fim. Sem discutir, seguiu as instruções e pegou uma cueca aleatoriamente. Para evitar mais constrangimentos, virou o rosto para o lado e estendeu a peça: "Toma."
Antes de entrar no banheiro, Olavo lançou um olhar curioso e perguntou: "Você nunca viveu com o seu namorado?"
Não sabia o que havia de tão embaraçoso em uma simples cueca.
"Claro que não! Nós... estávamos muito ocupados com o trabalho, por isso só nos víamos nos finais de semana." - Nadia murmurou, mas Olavo ouviu tudo claramente.
"Que romântico." - Ele sorriu de canto e então entrou no banheiro.
Essas palavras, para Nadia, soaram como uma zombaria.
Ela chutou o ar várias vezes na direção da porta do banheiro até se sentir aliviada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Encontros do Destino Após Longo Adeus
Estou adorando muito bom a história posta mais por favor...