No dia seguinte, durante a aula de finanças, onde quer que Nadia fosse, parecia ser o centro de cochichos e olhares curiosos. Mal tinha se sentado quando ouviu as garotas atrás dela sussurrando:
"Ela é tão comum... Não sei como conseguiu passar uma noite com o Olavo."
"Calma! Fala mais baixo! Vai ver… ela é boa naquilo, haha."
Nadia mordeu os lábios com força, e suas mãos sob a mesa estavam vermelhas de tanto se apertarem.
Sim, ela não era bonita, seu rosto não era harmônico e delicado. Era apenas uma pessoa comum que se misturava na multidão. Mas o que isso tinha a ver com os outros? O mundo é feito por 99,9% de pessoas comuns.
Além disso, ela nem tinha feito nada com Olavo na noite anterior. Só tiraram uma foto juntos na entrada da universidade por acaso, mas isso já foi suficiente para gerar fofocas maldosas. Aquilo a deixava furiosa!
Mas Nadia era tímida e não tinha coragem de responder à altura.
"Minha cara, você comeu merda no café da manhã? Que boca imunda! Sugiro que vocês duas corram agora para o dormitório e escovem os dentes antes de voltarem para a aula!"
A voz de Graziela ecoou pela sala, alta e clara, fazendo todos olharem.
As garotas que fofocavam sobre Nadia empalideceram e, sem dizer uma palavra, se moveram para a última fila da sala, tentando desaparecer.
Pouco depois, o professor chegou e a sala ficou em silêncio instantaneamente.
Nadia sentiu uma onda de gratidão por Graziela. Pegou o celular e enviou uma mensagem rápida: [Vou pagar seu almoço hoje ao meio-dia! [Amo você]]
[Ok!] - Graziela sorriu e abraçou os ombros de Nadia, fazendo um gesto amigável.
Infelizmente, o almoço não aconteceu.
Nadia observava Natália, cuja beleza parecia ofuscante. Homens a encaravam constantemente, mas ela estava tão acostumada que não mostrava nenhum sinal de constrangimento.
Natália sorria enquanto falava. Seus olhos grandes e brilhantes lembravam luas crescentes, e seus cílios tremulavam como asas de borboleta.
"Você é a namorada do Olavo, Nadia? Então, seremos boas amigas a partir de agora!"
O quê?
Ela também conhecia Olavo?
"Não tenho aula à tarde."
Natália comemorou animada, segurando o braço de Nadia: "Perfeito! Vamos fazer Olavo nos levar para um banquete. Aproveitamos e te apresentamos aos amigos dele."
O local escolhido era um restaurante sofisticado no centro da cidade, o tipo de lugar que Nadia só via na televisão.
Natália perguntou o que ela gostaria de comer, mas Nadia, constrangida, mexeu nas mãos: "Qualquer coisa..." - Ela nunca tinha experimentado comida gourmet e, sem ideia do que pedir, não tinha preferência.
"Então vou pedir o mesmo para você: Caviar e torradas para acompanhar." - decidiu Natália com um sorriso. Após fazer o pedido, piscou para Nadia de maneira solidária: "As porções aqui são pequenas. Não se preocupe em engordar."
Isso parecia atencioso, mas Nadia só se preocupava em não passar fome. Engordar nunca tinha sido sua preocupação.
Logo, os amigos de Olavo mencionados por Natália chegaram, e um deles sentou-se de frente para Nadia.
Um deles era Adriano, irmão de Natália. Ele era educado, gentil e falava de forma agradável, como um verdadeiro cavalheiro.
Mas o outro... não parecia nada amigável.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Encontros do Destino Após Longo Adeus
Estou adorando muito bom a história posta mais por favor...