Destino Cruzado, Não Soltar! romance Capítulo 87

"Tudo pode mudar, as pessoas também," disse Kevin em voz baixa.

Ângela Alves não entendeu o que ele queria dizer.

Ela e Felipe não deveriam mudar.

Durante toda a tarde, ela estava ansiosa, temendo que Felipe viesse cobrar explicações.

Por sorte, ele não a convocou, e Helena também não estava por perto.

Provavelmente, ele estava mergulhado na tristeza de lamentar seu antigo amor.

À noite, ao voltar para o apartamento, assim que abriu a porta, viu o homem no sofá.

Não pode ser! O que ele estava fazendo aqui?

Não deveria estar trancado em casa, abraçando uma foto do seu antigo amor, sofrendo de saudades e afogado em tristeza?

Felipe já havia tirado o pesado terno preto e vestido roupas casuais, enquanto tomava café e navegava em um site de negócios.

Seu rosto bonito não mostrava emoção; era impossível discernir se estava triste ou sofrendo.

"Senhor Martins, o senhor saiu cedo do trabalho hoje, hein?"

Ela cumprimentou sem jeito e rapidamente tentou se esquivar para o quarto, como um rato que vê um gato.

Mas, ao chegar ao centro do saguão, foi bloqueada por uma parede de carne imponente. "Você está se tornando cada vez mais atrevida," disse ele com uma expressão que de repente se tornou fria, como se uma onda de frio siberiano o tivesse atingido.

Felipe estava segurando sua raiva a tarde inteira!

O coração de Ângela Alves deu um salto.

Seria essa a hora de acertar as contas?

"Eu não fiz nada."

Ela encolheu-se, tentando fugir para o quarto, mas foi pressionada contra a parede por ele, num movimento brusco.

"Você está me traindo com Elton às escondidas?"

Seu olhar era glacial e seu tom era incisivo como o de um juiz interrogando um réu.

Ela sentiu um calafrio.

Que absurdo!

Hoje era o dia de luto dele, certamente ele estava de mau humor e com o temperamento difícil. Melhor não o confrontar diretamente, evitar explosões e simplesmente deixar suas palavras entrarem por um ouvido e saírem pelo outro.

O humor de Felipe não melhorou nem um pouco, mas ela era como um boneco de algodão; atacá-la não só não aliviava sua raiva, como piorava sua frustração interna.

Ele foi até a geladeira e pegou uma garrafa de água mineral congelada para se acalmar.

Ângela Alves foi para o quarto trocar de roupa e colocou um vestido solto. Depois, sentou-se no sofá e começou a descascar uma laranja para comer.

Felipe lançou-lhe um olhar e sua voz soou novamente: "Por que você almoçou com Tina hoje?"

"Ela veio almoçar com você, mas você não estava, então almoçou comigo," ela respondeu de forma despreocupada.

Felipe se inclinou de repente, apoiando um braço no encosto do sofá e o outro no braço da poltrona, encurralando-a no canto, olhando-a seriamente.

"Eu sei o que você está tramando, mas Tina não é fácil de lidar. Se você se aproximar muito dela, quem vai ter azar é você."

Ângela Alves murmurou para si mesma.

Ela sabia do que ele estava preocupado; ele temia que ela se unisse a Tina contra seu precioso antigo amor.

"É só um almoço, o Senhor Martins não precisa pensar demais."

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