Destino Cruzado, Não Soltar! romance Capítulo 703

Leila não tinha tanta paciência assim, o bebê ainda estava a meses de distância e, até lá, até o vatapá já teria esfriado.

Mesmo que Felipe a rejeitasse e a odiasse, ela insistiria em segui-lo, vigiando-o, evitando que ele se apaixonasse por outras sedutoras. No final, ela estava disposta a abrir mão de sua vaidade.

Ao lado do papel de matriarca e herdeira da família Martins, o que era dignidade? Não tinha valor algum.

Desde que pudesse manter seu status de esposa legítima e ajudar seu filho a se tornar o herdeiro, ela suportaria qualquer humilhação.

"Eu amo Felipe, gosto de estar com ele, mesmo que ele não goste de mim, não me importo. Desde que eu possa vê-lo sempre, estar ao seu lado, estou satisfeita. O resto não importa. Acredito que, um dia, ele perceberá que sou a mulher que mais o ama neste mundo."

Deise cobriu a boca e fingiu vômito: "Meu Deus, isso é nojento, me deu arrepios. Felipe, vamos para o quarto? Não quero mais ficar aqui".

"Claro" - Felipe assentiu e a levou para o quarto dos fundos.

Aquele motorhome de luxo tinha dois quartos.

No outro, Ramalho, Galeno e Bárbara estavam jogando Monopólio.

Ângela entrou no quarto deles.

Para ser sincera, ela admirava a homem de pau de Leila.

Dizem que onde a água é muito clara, não há peixes, e onde a pessoa é muito vil, não há rivais.

Em certo sentido, Leila já não tinha concorrentes.

Ramalho inchou as bochechas: "Anjo, por que toda vez que a gente tira férias, temos que aguentar esse grude? Será que ela instalou um rastreador no primo? Para onde ele vai, ela sabe."

Ângela suspeitava que eram os espiões da AK que lhe contavam, eles certamente seguiam Íris e Ramalho em segredo, sabendo de cada passo deles.

"Vamos nos divertir e fingir que ela não existe, certo?"

"Estou chateado." - Ramalho fez bico e virou a cabeça, parecendo difícil de ser apaziguado.

Íris suspirou: "Eu só queria lembrar para você tomar seu remédio. Você está na Cidade Mar há tanto tempo e com certeza não está se medicando. Sua doença mal estava controlada, e se tiver uma recaída?"

A boa disposição de Ramalho desapareceu num instante.

"Não estou doente, estou bem. É a tia que precisa de remédio, ela é uma... mentirosa."

Íris estava desamparada: "Você está sendo teimosa de novo. Quando você tem um acesso de raiva, pode machucar alguém. E se você machucar o Galeno e a Ângela?"

Ramalho ficou vermelho de vergonha e seus olhos lacrimejaram.

"Por que você quer que todos saibam que estou doente? Isso faz com que todos me vejam... como um monstro. Desde criança, nunca tive amigos, nem mesmo meus irmãos brincam comigo."

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