Destino Cruzado, Não Soltar! romance Capítulo 56

Seu corpo ficou rígido como pedra, como se todo o seu sangue tivesse congelado de pavor, incapaz de se mover.

Essa mudança súbita de expressão torceu o coração de Felipe.

"Ângela Alves!"

Sua voz estava extremamente rouca, os olhos cheios de veias vermelhas, e uma barba por fazer cercava seu queixo.

Ele a havia procurado dia e noite, correndo para lá e para cá sem descanso nem por um segundo.

Agora, ao vê-la ilesa diante dele, seu coração nervoso finalmente relaxou.

Ângela Alves deu várias respirações profundas até que seu corpo começou a se recuperar lentamente, ganhando um pouco de força.

"Você... não se aproxime!" Ela recuou apavorada, erguendo uma tesoura em direção ao próprio pescoço, "Eu não vou para a Suíça, se você me pressionar, vou morrer aqui!"

Felipe, temendo que ela se machucasse, deu rapidamente dois passos para trás, "Não faça assim, coloque a tesoura no chão."

"Não vou largar, eu não quero ficar no exterior, só quero ficar na Cidade Mar, não quero ir para mais lugar nenhum." Seus dedos agarravam a tesoura com firmeza, determinados.

Felipe ficou um tanto desamparado, "Levá-la para a Suíça é pela sua segurança e do bebê."

Se ficasse no país, a notícia de sua gravidez cedo ou tarde seria descoberta, e não dava para saber quantos tentariam lhe fazer mal.

Ângela Alves soltou um riso sarcástico.

Será que o exterior é seguro?

Depois que o bebê nascesse, ela seria deixada de lado, ele não se importaria mais com ela, e talvez nem soubesse como acabaria morrendo!

No Brasil, ela tinha família e amigos, e em caso de perigo, ao menos teria alguém a quem recorrer. No estrangeiro, sem conhecer ninguém e sem falar a língua, quem poderia ajudá-la?

Ela já havia experimentado a sensação de desamparo no dia anterior e não queria passar por isso novamente.

"O lugar mais seguro não é um país estrangeiro, é a própria casa. Se houver realmente perigo, eu posso voltar para minha cidade natal e deixar minha família me proteger."

Felipe ficou em silêncio, seu rosto bonito estava tenso e sério.

Depois de um momento, ele suspirou, "Tudo bem, eu prometo que não vamos para a Suíça, agora coloque a tesoura no chão."

Ele já tinha visto o quanto ela era corajosa, o suficiente para lhe causar palpitações.

Talvez fosse melhor mantê-la sob sua vigilância.

Ângela Alves ficou secretamente chocada, um pouco incrédula que ele havia cedido.

Parece que antes era só conversa fiada, uma pessoa tão apegada ao dinheiro, como ela poderia não querer o dinheiro?

"Certo, tudo como antes, me dê a tesoura."

Ele estendeu a mão, ela hesitou por alguns segundos, baixou a tesoura e a entregou a ele.

Na verdade, esse resultado era bom para ela, evitava a necessidade de procurar um novo trabalho depois de voltar ao Brasil.

Quem iria querer uma grávida?

Felipe jogou a tesoura a vários metros de distância com um movimento brusco, estendeu o braço e agarrou a cintura fina dela, seu rosto tornando-se sério e intimidador, "Algo assim nunca deve acontecer novamente."

Ele a abraçou apertado, criando uma sensação de opressão, ela fez uma careta e murmurou: "Eu também não queria, foi você que me forçou."

Felipe beliscou o rosto dela como uma pequena punição.

A mulher parecia frágil como uma brisa, mas na verdade tinha um temperamento selvagem e era astuta. Um descuido e ela poderia facilmente escapar do controle.

Ele teria que prestar mais de atenção a ela no futuro.

Naquele momento, Kevin, que estava de guarda na entrada do jardim, se aproximou. "Sr. Elton chegou."

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