Destino Cruzado, Não Soltar! romance Capítulo 546

Valéria bateu na coxa, chorando, fazendo escândalo e ameaçando se enforcar.

"Lázaro é a razão da minha vida, se ele for preso, eu também não quero mais viver. Ele ainda não tem filhos, nossa família vai acabar!"

Ondina, de repente, ergueu a mão e começou a bater em Valéria sem piedade. "Tudo é culpa sua, foi você quem o mimou até ele ficar assim, um desastre. A família Alves deve ter tido muito azar para ter uma nora como você. Ajudando estranhos a prejudicar sua própria família, ele deve estar cego. Olhe só para a esposa do segundo filho, criou os filhos direitinho, todos bem-sucedidos, enquanto você não consegue educar nem um. A situação em que ele se encontra é toda sua culpa."

Valéria ficou atordoada, sem conseguir chorar.

"Só tenho um filho, Lázaro, qual o problema em mimá-lo? Onde eu errei? Quantos filhos de famílias ricas não vivem sem fazer nada, causando problemas por aí? Comparado a eles, nosso Lázaro até que é bem comportado."

"Não adianta você ser teimosa aqui, se tem coragem vá falar com a polícia, com o juiz, para ver se eles vão soltar o Lázaro!" A avó estava frustrada, mas como tinha outro neto de sucesso, decidiu não se preocupar mais com o que ela considerava um caso perdido.

Ângela havia falado com um oficial do grupo de operações especiais. Lázaro era apenas um peão utilizado por outros, ele não sabia que estava lidando com uma organização criminosa e não tinha cometido crimes graves como assassinato ou incêndio, portanto, não seria condenado a uma pena muito pesada, poderia até conseguir uma sentença mais branda.

Entretanto, ela não tinha intenção de tirá-lo da prisão, só um bom susto para que ele aprendesse a lição e mudasse de vida era necessário.

E Valéria, até aquele momento, ainda não havia percebido seu erro, não choraria enquanto não visse o caixão, não se arrependeria até bater com a cabeça na parede.

Valéria choramingou: "Só tenho um filho, Lázaro, eu contava com ele para cuidar de mim na velhice. Se ele for preso, o que será de mim e do Lourival?"

"Deixe-o ir para a reeducação pelo trabalho, para se livrar dos maus hábitos, não é algo tão ruim. Caso contrário, ele continuará fazendo bobagens nas ruas, andando com pessoas perigosas, e mais cedo ou mais tarde algo ruim acontecerá, e você nem terá tempo de chorar." A avó falou.

Valéria estava desesperada, pensando até em se jogar contra a parede. "Mãe, você sempre amou tanto o Lázaro, como pode abandoná-lo agora? Ele é o neto mais velho da nossa família Alves."

A avó torceu a boca. Ela tinha mimado Lázaro, mas ele nunca havia retribuído com dinheiro, apenas pedia mais e mais. Ele era ingrato.

Enquanto que Ângela e Enzo Alves a tratavam bem, deixando-a morar em uma mansão e tendo empregados para atender seus caprichos. Se quisesse comer algo, bastava pedir e alguém traria imediatamente.

Afinal, o que mais se quer ao criar filhos é alguém para cuidar de nós quando envelhecermos, não é?

"Estou velha e não posso mais cuidar dos assuntos dos meus netos. Não me incomode mais com isso, deixe-me viver tranquilamente por mais alguns anos."

A avó assentiu. "Deixá-lo lá dentro por um tempo pode ser bom, para que ele aprenda a lição e não confunda mais o certo com o errado."

...

Kerry foi presa, mas Leila, que mais queria vê-la arruinada, não conseguiu ficar feliz.

Porque se a polícia descobrisse sua relação com AK, ela seria imediatamente levada para interrogatório.

E, como Felipe havia previsto, o chefe nem pensava em deixar ela ocupar o lugar de Kerry, mas sim em nomear outra pessoa.

Isso a deixou muito frustrada.

Ela queria ser a única no comando, sem estar sob o controle de ninguém.