Destino Cruzado, Não Soltar! romance Capítulo 482

Felipe franziu a testa, visivelmente irritado: "Sem rodeios, de onde você conhece esse homem?"

Ângela, é claro, não ia dizer a verdade. Com um ar de desdém, ela respondeu: "Vocês, homens ricos, sempre saem por aí procurando mulheres jovens e bonitas para se divertir. Nós, mulheres, quando conquistamos nossa independência financeira e queremos conversar com um homem mais jovem, estamos exagerando?"

Felipe não conseguia acreditar que ela realmente pensasse assim: "Você perdeu o interesse pelo Henrique assim tão rápido?"

"Não é a mesma coisa." - Ela deu de ombros: "Os 'gatinhos' são obedientes e dóceis, estão sempre tentando me fazer feliz, me ouvindo em tudo. Vocês, homens de famílias poderosas, nunca poderiam fazer isso".

Os olhos de Felipe brilharam com fúria contida: "Você está tentando se vingar de mim?"

Ela não respondeu, apenas pegou o copo e tomou um gole do suco, perguntando calmamente: "Qual a diferença entre ser uma rainha e uma 'Imperatriz’?"

"O que você acha?" - Ele devolveu a pergunta, sem querer responder.

Ela sorriu com sarcasmo: "Uma 'rainha' tem seu destino nas mãos do 'rei', deve ser uma boa esposa e mãe, virtuosa e tolerante, sempre buscando agradar o 'rei', correndo o risco de ser descartada a qualquer deslize. Já uma rainha controla o próprio destino, é adorada por todos, faz o que bem entende, desde que esteja feliz. Não é à toa que na história, a melhor é aquela que não se contentou em ser apenas 'rainha' ou viúva do imperador, mas a que escolheu ser a única ‘Imperatriz’, acima de todos."

Ela pausou, com um sorriso mais amplo: "Por isso, na minha opinião, é muito melhor ter um bando de 'gatinhos' me bajulando e me fazendo feliz todos os dias do que ser sua esposa."

Felipe a encarou intensamente, seu olhar penetrante como se quisesse ver através de seus olhos e descobrir todos os seus pensamentos mais íntimos.

"Eu já a avisei, não quero que você se envolva com nenhum homem. Não teste meus limites."

Se ela tinha a intenção de irritá-lo, ela conseguiu!

Ele estava furioso, extremamente furioso, parecia que ia explodir!

Ângela instintivamente baixou o olhar, seus longos cílios escondendo seus olhos brilhantes, com medo de revelar demais.

Ele podia ser autoritário, mas não podia ser hipócrita!

As palavras saíram como uma ameaça gelada, como se pudessem congelar a própria luz do sol.

Ângela sentiu o frio intenso que emanava dele.

O demônio!

O tirano!

Ela estava com raiva: "Não tenho muitas habilidades, mas sou corajosa, não tenho medo de nada, suas ameaças não funcionarão comigo. Se você começou, não reclame se eu revidar. Faça o que você quiser!"

Ele se inclinou para frente, seu belo rosto quase tocando o dela, seus olhos fixos nela com uma ferocidade contida. No entanto, ele não se enfureceu, mas escondeu sua raiva com astúcia, substituindo-a por um sorriso zombeteiro: "Você está tentando me forçar a ser fiel? Isso deve ter dado muito trabalho".

Ele quase se esqueceu, ela era alguém com muita malandragem, pensava de maneiras que outros não conseguiam acompanhar, e não podia ser julgada por padrões comuns.