Destino Cruzado Não Soltar! ( Ângela Alves ) romance Capítulo 988

Angela ria por dentro, não se engane pela mente de Ramalho, que só tinha oito anos e parecia uma criança grande, mas sua mente era tão ou mais astuta que a de muitos adultos.

No convés, o brilho sombrio de olhos âmbar cortava o ar.

Lourdes e Luzia, seguindo suas instruções, dividiram o peixe e contaram suas respectivas partes.

Adilson Martins perdeu para o Vasco por apenas um pedaço e teve de aceitar seu castigo.

Seus lábios se apertaram por um momento, mordendo secretamente seus dentes do siso, mas ele relaxou quase imediatamente, exibindo o sorriso de alguém que não se importava.

"Se você aposta, tem que aceitar perder."

Vasco deu de ombros: "Relaxa, irmão, é do jeito que você gosta. Você consegue beber três canecas de quentão."

Luzia trouxe o quentão, uma bebida que, assim como o acarajé ou a feijoada, tem seus fervorosos admiradores e aqueles que não podem nem sentir o cheiro.

Adilson Martins aceitou: "Faz tempo que não bebo quentão, não sei se ainda vou gostar."

Felipe esboçou um leve sorriso: "Pode confiar, você vai adorar. Foi a Dinda Agueda que fez especialmente para você."

Ele fez uma pausa e perguntou: "Você ainda se lembra da Dinda Agueda? Quando o velho morreu, há cinco anos, vocês se viram e ela fez seu quentão favorito."

Adilson Martins balançou a cabeça: "Não me lembro muito bem, o senhor sabe como é minha memória. Se não fosse o mordomo ter me buscado no aeroporto, acho que não teria conseguido encontrar o caminho de volta para a casa dos Martins."

Felipe sorriu suavemente: "Não se preocupe, pedi a eles que trouxessem a Dinda Agueda. Você pode sentir falta dela, ela sente muito a sua falta".

Vasco comentou: "Felipe sempre pensa em tudo. Com a Dinda Agueda aqui, o irmão dele logo vai se lembrar, depois da tia Ivete, ele era o mais apegado a ela."

Adilson Martins forçou um sorriso: "Também estou ansioso para ver a Dinda Agueda. Espero me lembrar dela."

Após dizer isso, ele bebeu o quentão de um gole só.

Terminando, ele cobriu a boca com um lenço, escondendo todas as expressões atrás dele.

Angela então lhe serviu um suco de jiló.

"Eu provei um pouco agora e, na verdade, não é ruim. Quem gosta de coentro provavelmente pode aceitar."

Angela e Felipe foram capturar caranguejos entre as rochas.

Angela tinha uma pergunta que queria muito fazer.

"Sr. Martins, depois que nos casarmos novamente, eu serei a primeira esposa ou será um segundo casamento?"

Na família Martins, a distinção entre uma primeira esposa e um segundo casamento era como o céu e a terra.

Felipe percebeu como a pergunta era importante para ela, que estava tão preocupada que hesitava em se casar novamente, com medo de não poder usar um vestido de noiva branco.

"Eu nunca me casei com Leila, você continua sendo minha única esposa. Como pode haver um segundo casamento?"

Angela torceu o nariz: "De qualquer forma, nossa nova certidão de casamento não será a mesma. Com certeza estará escrito 'segundo casamento'".

Felipe, com uma leve transpiração, esticou o braço forte e o envolveu na cintura delicada dela: "Não se preocupe, não deixarei que publiquem isso. Além de mim, seu marido original, casar-se com qualquer outra pessoa seria realmente um segundo casamento."

Angela lançou-lhe um olhar reprovador, sem esconder seu descontentamento: "A culpa é toda sua!"

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