Cassandra fez uma pausa antes de responder, sua mente trabalhando rapidamente para bolar uma explicação. Finalmente, disse, com uma expressão que tentava ser convincente: “Minha madrasta tem câncer, então vim ver como ela está.”
Nicholas, com um olhar atento, permaneceu em silêncio por um momento, antes de perguntar: “Sério? Bem, já que estou aqui, por que não vamos dar uma olhada juntos?”
Cassandra imediatamente rejeitou a ideia com firmeza. “Ela já está dormindo. Vamos deixá-la descansar.”
“Ok, então”, o homem respondeu, embora soubesse que algo não estava certo. Decidiu não pressionar mais naquele momento, sabendo que poderia confrontá-la em outra ocasião.
O carro então ligou e se afastou lentamente do hospital, enquanto Cassandra olhava pela janela, sem querer mais falar sobre o assunto.
Dentro do quarto do hospital, a mente de Paula estava em turbilhão. As palavras da filha ecoavam repetidamente em sua cabeça: “Eu só tenho uma mãe, e é a Quésia!”
Ela tentava compreender como a filha, que antes a amava e respeitava, agora poderia virar as costas de forma tão fria. A mulher sentia a dor da rejeição, e seu coração estava quebrado, tentando aceitar a distância crescente entre elas.
Quando Cecília entrou no quarto, logo percebeu a mudança no comportamento da mulher. A energia vibrante que antes a caracterizava agora dava lugar a uma expressão vazia, marcada pela tristeza e pelo arrependimento. Havia uma frieza nos olhos dela, como se já tivesse aceitado o abandono de sua filha.
A jovem perguntou à cuidadora, com um tom suave: “Posso ficar a sós com ela?”
“Claro, Sra. Smith”, respondeu a cuidadora, saindo do quarto com a sensação de que a jovem poderia ajudar Paula a lidar com a situação.
Assim que a cuidadora saiu, o silêncio tomou conta do ambiente. Apenas Cecília e Paula estavam no quarto, e a atmosfera estava carregada de tensão.
A jovem se aproximou lentamente, puxou uma cadeira e se sentou ao lado da cama. Sua voz estava calma, mas firme: “Sra. Paula, eu tenho uma pergunta para você.”
A mulher demorou um momento para se recompor, seus olhos pareciam atordoados enquanto encontravam os de Cecília. Ela não sabia como reagir, um turbilhão de sentimentos conflitantes a invadia. Havia algo na jovem que a fazia sentir um arrependimento ainda mais profundo, embora não soubesse exatamente por quê.
Cecília continuou, implacável: “Você tem algo a ver com o acidente de carro do meu pai?”
A pergunta foi como um raio, atingindo-a de forma súbita. Ela negou imediatamente, com uma expressão de surpresa: “O que você está falando? Foi um acidente.”
“É mesmo?”, a jovem respondeu com um tom mais grave. “De acordo com minhas investigações, o carro que meu pai usou foi dirigido por você no dia anterior. Naquela ocasião, você era a única pessoa no carro.” Ela fez uma pausa, o amargor era evidente em sua voz: “Eu também descobri que houve um problema nos freios do carro. Não foi um acidente!”
A recusa de Paula em admitir qualquer culpa fez Cecília se levantar, exasperada. Ela já não sabia o que mais poderia fazer para arrancar a verdade dela.
Antes que a jovem saísse, Paula agarrou sua mão com uma força inesperada, como se finalmente fosse confessar. Mas, no instante seguinte, rapidamente soltou. “Saia daqui.”
Cecília, frustrada e sem palavras, saiu imediatamente do quarto.
Quando a cuidadora retornou, viu a mulher sozinha e, preocupada, questionou: “O que você estava pensando? Por que não esclareceu as coisas com ela? Realmente quer que ela sofra a vida inteira por causa disso?”
A preocupação da cuidadora refletia o que todos estavam sentindo, a culpa que Paula não conseguia enfrentar, a verdade que ainda se recusava a revelar.
A mulher estava em um dilema profundo, incerta sobre contar ou não o segredo. Sabia que deveria, mas o medo e a vergonha a paralisavam.
A cuidadora, visivelmente cansada de ver o sofrimento da jovem, fez uma escolha. “Eu não me importo mais. Se você não vai falar, eu vou!” A decisão de intervir parecia ser a única maneira de aliviar a dor delas.
A cuidadora sabia que a verdade precisava vir à tona. E estava disposta a pagar o preço para garantir que isso acontecesse.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Despedida de um amor silencioso
Precisamos de atualizaçoes Por favor...
Novamente parou as atualizações, está muito cansativo, não tem nada interessante, Cecília quase nunca fica com o Nataniel......
Eu comecei amando este livros, mas infelizmente, a estória ficou sem sentido, os velhos personagens foram esquecidos, entraram outros que não tem nada a ver, eu me forço a lê, pois não gosto de parar no meio do caminho......
Como faço pra desbloquear os episódios?...
Eu desisti desde o capítulo 1900. Triste mas realidade. Um site de leitura gratuita n era pra tratar seus leitores assim. Entrei só pra olhar e me deparei com a mesma situação de meses atrás. Muito feio e triste!...
Eu só pago se liberarem todos os capítulos, ficar nesse lengalenga, com falta do respeito com os leitores, liberando 4 capítulos por vez , e as vezes temos que esperar 1 mês para ler 4 capítulos. Absurdo!...
É o cúmulo do ridículo,...
O livro já parece mais uma "no eka mexicana", é, agora, temos que pagar??...
Jura,não da pra acreditar que esperamos um mes para depois só achar capitulos sobre o matheus, por favor te peço gentilmente acaba com esse livro logo........
Otimo voltamos a tee atualizaçoes o auto testa a de ferias...