Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 734

Nathaniel se inclinou ainda mais próximo de Cecilia, a prendendo entre seus braços, sua voz estava ligeiramente rouca.

Ela estava confusa: “O que quer dizer com isso?”

Ele não respondeu, se aproximando enquanto sua mão tocava o rosto dela, sentindo seu calor. Isso é real?

“Você não deveria estar morta?”, a garganta de Nathaniel se movia ao falar.

Cecilia ficou ainda mais perplexa: “Sei que me odeia, mas precisava mesmo me amaldiçoar para que eu morresse?”

“Sabe que estive te procurando por dois anos? Durante esses dois anos, por que você nunca apareceu nos meus sonhos? Por que agora? Você realmente está morta?”

Ele parecia não ouvir suas palavras, acreditando que tudo aquilo era um sonho.

“Dizem que as pessoas só aparecem nos sonhos depois que morrem, então você está realmente morta? Por que não me deixa te ver?”

A energia ainda estava cortada e as luzes continuavam apagadas.

Ele não tinha ideia de que havia ficado cego.

Pelas palavras dele, ela começou a entender que algumas de suas memórias haviam retornado, especificamente as lembranças de dois anos após o seu desaparecimento.

“Você perdeu a...”

Antes que ela pudesse terminar a frase, ele segurou seu rosto e a beijou de forma dominadora.

A mente de Cecilia ficou em branco. Antes que pudesse reagir, ele já havia começado a puxar suas roupas.

“Nat...”, ela aproveitou um momento para empurrá-lo, tentando desesperadamente fazê-lo parar para que pudesse explicar.

No entanto, ele não a deu chance alguma de sair de seu beijo.

Ela sentiu que não havia como escapar daquela situação. De repente, as luzes voltaram.

Para piorar, Zacarias estava parado na porta, vestido com um jaleco branco. Ele viu os dois juntos com muita clareza.

Seus olhos se arregalaram enquanto ele tossia levemente: “Desculpe... me desculpe por interromper.”

Espera aí, o Nathaniel não estava com amnésia? O que está acontecendo aqui?

Ao sair, ele fechou a porta cuidadosamente.

Continuar? De jeito nenhum! Ela mordeu forte o lábio dele.

A dor fez com que ele franzisse ainda mais as sobrancelhas. Se é um sonho, por que isso doeu?

Ela ficou sem palavras.

“Por que te odiaria?”

“Se não me odeia, por que demorou tanto para aparecer no meu sonho?”

Ela notou o quão escuros os olhos dele haviam se tornado, até os cantos dos olhos pareciam um pouco vermelhos.

Quando ela estava prestes a explicar que aquilo não era um sonho, ele falou novamente: “Está me torturando de propósito, não está? Por que não me contou que estava grávida? Por quê?”

Sua voz estava rouca enquanto ele a questionava repetidamente.

Essa era a primeira vez que ela o via daquele jeito. Talvez, por achar que era um sonho, ele pudesse ficar assim, sem restrições. Ele não precisava se preocupar com nada, nem mesmo com seu orgulho.

Ela levantou a mão e gentilmente acariciou as costas dele, sem saber exatamente como explicar.

“Você é cruel...”, ele murmurou novamente, então a beijou mais uma vez.

Dessa vez, ela não resistiu.