Os três caminharam pela neve, e suas silhuetas se misturavam de uma maneira que os fazia parecer uma família.
Enquanto Cícero conduzia Cecilia, ela podia sentir a palma da mão ficando escorregadia pelo suor de nervosismo. Não demorou muito para que chegassem ao restaurante, onde finalmente se sentaram para comer. Só então o homem soltou sua mão, a deixando com uma mistura de alívio e uma estranha sensação de perda.
Eduardo, sempre perspicaz, aproveitou a chance para dar privacidade aos dois. Ele pediu licença para ir ao banheiro, guiado por um garçom. Assim que sumiu de vista, Cecilia se virou para o amigo com um olhar de culpa.
“Sinto muito mesmo, Edu nunca experimentou o amor de um pai, e é por isso que ele age assim”, disse ela, com sua voz cheia de remorso. Ela entendeu que Cícero, sendo solteiro, poderia achar desconfortável desempenhar o papel de uma figura paterna para o filho de outra pessoa.
Mas ele não parecia nem um pouco incomodado. “Na verdade, eu gosto dele assim”, respondeu o Reese, com seu tom reconfortante.
Cecilia sentiu um peso sair de seus ombros. Eles discutiram mais alguns assuntos sobre Eduardo, mas então Cícero, incapaz de suprimir sua curiosidade, trouxe à tona algo que estava em sua mente.
“Por que não me contou sobre morar com Nathaniel?”, perguntou o homem, com as palavras escapando antes que pudesse se conter. Ele se arrependeu no momento em que terminou sua frase.
Que direito tenho de perguntar isso a ela?
Cecilia não pareceu se importar com a pergunta. Sem hesitar, ela revelou tudo — como tinha ido ao extremo para forçar o divórcio, a ponto de ameaçar o Rainsworth com sua suposta infidelidade. Ela também mencionou o incidente em que Elena a ameaçou, não deixando nada por dizer.
“Traiu com quem?” Cícero percebeu o detalhe-chave em suas palavras.
Cecilia sentiu uma sensação de queimação nos ouvidos, o rosto vermelho. “Eu não mencionei nenhum nome, mas Nathaniel presumiu que foi com você”, confessou ela, e seu constrangimento era palpável.
Enquanto falava, a jovem apertou com mais força a borda da mesa, e a palma da mão pressionando para baixo nervosamente. Cícero, sem saber de seu desconforto, simplesmente sorriu. Ele tomou um gole de água, com os olhos brilhando de diversão.
“Isso é perfeito”, disse ele, com provocação em sua voz. “Hoje, pude abraçar adequadamente este título.”
Sentindo-se muito estranha para continuar a conversa, Cecilia se levantou de repente. “Por que Edu ainda não voltou do banheiro? Vou ver como ele está”, disse ela, ansiosa por uma desculpa para sair.
Sem que a jovem soubesse, Eduardo estava escondido perto da entrada, observando os dois de perto. Vendo que a conversa havia terminado, ele voltou para a mesa, fingindo que acabara de voltar do banheiro.
“Papai, mamãe, estou de volta”, anunciou ele, alegremente.
Com seu retorno, a atmosfera melhorou consideravelmente. Eles terminaram a refeição, e Eduardo, cheio de energia, insistiu para que Cecilia e Cícero o levassem para o fliperama.
“Sr. Reese, você quer ganhar o coração da minha mãe?”, perguntou o pequenino, virando-se com um sorriso travesso.
Cícero entendeu imediatamente. Com um braço ao redor de Eduardo, ele pegou o telefone com a mão livre e fez uma ligação rápida.
“Adquira a galeria subterrânea em Sparaville o mais rápido possível e certifique-se de redirecionar os telefonemas do proprietário para mim”, instruiu ele, calmamente.
Pouco tempo depois, um funcionário saiu do escritório, coçando a cabeça enquanto discava um número. A ligação foi direto para o Reese.
Com uma expressão inabalável, Cícero respondeu: “Mesmo que ela ofereça um bilhão, não venda. Diga que ela deve vencer a competição.”
Quando Cecilia voltou, parecia um pouco abatida. Ela lançou um olhar culpado para o filho. “Edu, há muitos bichinhos de pelúcia para comprar online. Tudo bem se eu comprar um para você pela internet?”, perguntou a jovem, esperando acalmá-lo.
Imediatamente, Eduardo começou a fungar. “Mamãe, você não me ama mais. Outros pais ajudam seus filhos a ganhar prêmios, mas você... Eu sabia, não sou seu filho de verdade. Só Jon é seu filho de verdade”, ele soluçou.
Cecilia estava sem palavras. “Vocês dois são exatamente iguais, como você poderia dizer esse absurdo?”, repreendeu ela, gentilmente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Despedida de um amor silencioso
Precisamos de atualizaçoes Por favor...
Novamente parou as atualizações, está muito cansativo, não tem nada interessante, Cecília quase nunca fica com o Nataniel......
Eu comecei amando este livros, mas infelizmente, a estória ficou sem sentido, os velhos personagens foram esquecidos, entraram outros que não tem nada a ver, eu me forço a lê, pois não gosto de parar no meio do caminho......
Como faço pra desbloquear os episódios?...
Eu desisti desde o capítulo 1900. Triste mas realidade. Um site de leitura gratuita n era pra tratar seus leitores assim. Entrei só pra olhar e me deparei com a mesma situação de meses atrás. Muito feio e triste!...
Eu só pago se liberarem todos os capítulos, ficar nesse lengalenga, com falta do respeito com os leitores, liberando 4 capítulos por vez , e as vezes temos que esperar 1 mês para ler 4 capítulos. Absurdo!...
É o cúmulo do ridículo,...
O livro já parece mais uma "no eka mexicana", é, agora, temos que pagar??...
Jura,não da pra acreditar que esperamos um mes para depois só achar capitulos sobre o matheus, por favor te peço gentilmente acaba com esse livro logo........
Otimo voltamos a tee atualizaçoes o auto testa a de ferias...