Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 308

Quando Cecilia voltou para casa, já passava das nove da noite. Ela havia limpado o depósito para dar espaço para Nathaniel ficar. O quarto era modesto, mas tinha um banheiro separado, garantindo que o homem não incomodasse ela ou Martha.

Exatamente às dez horas, um elegante Maybach parou na frente da casa. Nathaniel estava no banco de trás com a postura rígida, e os olhos escuros e ilegíveis.

O motorista saiu do carro, caminhou até a traseira e respeitosamente informou seu chefe: “Sr. Rainsworth, chegamos. Vou chamar a Sra. Rainsworth para encontrá-lo.”

Seguindo as instruções de Nathaniel, apenas o motorista o acompanhou e ninguém mais da equipe da casa havia aparecido.

Quando o empresário saiu do carro, se lembrou das palavras que havia dito a Cecilia após deixar o cartório — sua promessa de nunca mais perturbá-la.

“Leve-me até lá”, instruiu ele, com a voz baixa, parecendo uma pessoa comum.

“Entendido.”

O motorista rapidamente se moveu para ajudá-lo, mas Nathaniel recusou a ajuda. “Apenas me diga o caminho”, disse ele, não gostando da sensação de depender dos outros.

“Sim, senhor.” O motorista, reconhecendo o orgulho de seu chefe, forneceu instruções enquanto ele se dirigia para a casa.

O motorista esperava que Cecilia estivesse esperando na porta, mas quando o Rainsworth bateu, não houve resposta imediata. Após um momento, a jovem abriu a porta e uma rajada fria de vento soprou.

Sem olhar diretamente para Nathaniel, ela falou secamente. “Entre.”

O motorista, Marco, observou seu patrão entrar na casa. Ele sentiu que não era seu lugar se intrometer, então voltou para o carro. Mas assim que estava prestes a sair, ouviu um estrondo alto de dentro.

Olhando para trás, o funcionário viu que Cecilia havia ignorado Nathaniel enquanto ele a seguia para dentro, fazendo-o caminhar direto para o sofá. Marco considerou dizer algo à jovem, mas acabou decidindo que não cabia a ele interferir em seus problemas conjugais.

Ao se acomodar no carro, o funcionário suspirou, pensando: “Não importa quem você ofenda, que nunca seja sua esposa.” Ele tinha visto como o Rainsworth havia a tratado no passado, e agora parecia que o jogo havia virado.

O Rainsworth engoliu em seco, com o pomo de Adão balançando ligeiramente. “Tudo bem”, concordou ele, calmamente. Nathaniel não esperava pelos cuidados dela, apenas queria estar por perto.

Ele seguiu o som de seus passos enquanto ela o levava para o depósito apertado. Cecilia já havia arrumado seus artigos de higiene pessoal e outros itens essenciais no pequeno espaço.

“Minha babá, Martha, ainda mora aqui”, ela o informou. “Esteja atento quando estiver em casa e tente não sair do seu quarto desnecessariamente.”

No coração de Cecilia, a mais velha era mais do que apenas uma babá — ela era da família.

“Tudo bem”, respondeu Nathaniel, com o tom respeitoso.

Apesar da tensão entre eles, o homem, agora cego, parecia uma pessoa diferente — mais subjugada e disposta a seguir sua liderança.

Vendo que tudo estava em ordem e percebendo a hora tardia, Cecilia se virou para sair. Mas quando estava indo para o quarto de Martha para informá-la sobre a chegada do homem, um estrondo súbito ecoou do andar de baixo.

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