Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1918

Carolina pensou consigo mesma que Matheus deveria ser grato por ter um pai bom; caso contrário, sua situação atual seria muito pior.

“Então, vou cuidar disso.”

“Claro.”

Carolina saiu.

Cecília recostou-se na cadeira e pegou o celular, navegando pela galeria, onde ainda guardava fotos antigas dela com Renato.

Pai, você apoiaria minha decisão, não apoiaria?

Ela queria dar uma lição em Matheus... Uma lição que o forçaria a realmente amadurecer. Afinal, neste mundo, a única pessoa em quem ele poderia confiar era ele mesmo.

Ao receber o dinheiro, Matheus franziu a testa. “Com essa quantia, o que eu consigo fazer?”

Ele estava completamente perdido, sem saber para onde recorrer, então buscou ajuda na avó, Helena, que também era mãe de Paula.

Ao saber que ele precisava de dinheiro para abrir uma empresa, ela mexeu em suas economias. No entanto, ao checar, percebeu que tinha apenas algumas dezenas de milhões. Estava longe de ser suficiente para cobrir as dívidas dele.

“Vovó, é todo esse dinheiro que a senhora tem?”, perguntou Matheus.

Helena assentiu. “Isso não é o bastante? Seus pais me deram esse dinheiro anos atrás, e eu guardei cada centavo.”

“E meu tio e a família dele? Eles têm algum dinheiro?”

“Esquece seu tio. O negócio dele está sempre no vermelho. Ele até vem me pedir dinheiro pra manter tudo funcionando”, disse Helena, olhando carinhosamente para Matheus. “Querido, você tem que se esforçar. Estou contando com você.”

Assim como Paula, ela tinha um carinho profundo por quem amava, dedicando-se de forma incondicional.

Não importava se Matheus era extraordinário ou não. O que importava para ela era o bem-estar dele.

Ele garantiu: “Não se preocupe, vovó. Quando eu começar a ganhar dinheiro, vou pagar você dez vezes... Não, cem vezes!”

“Bom, bom”, murmurou Helena, seu rosto enrugado iluminado pela alegria.

Cecília não entendeu.

Quésia continuou: “Estou cada vez mais culpada. Quase machuquei você e o Jon.”

“Isso ficou no passado.”

Quésia balançou a cabeça. “Na primeira metade da minha vida, eu era constantemente armada. Então, quando finalmente conquistei um pouco de poder e dinheiro, parei de me importar com os outros. Li uma notícia esses dias.”

Cecília ouviu em silêncio antes de perguntar: “Sobre o que era?”

“Era sobre um homem que, a caminho de casa, atropelou alguém sem querer com o carro. Em vez de ajudar a vítima, fugiu, tentando escapar da responsabilidade. Depois de um dia escondido, voltou e encontrou um funeral acontecendo na própria casa. A pessoa que ele matou era o próprio pai dele.”

Ao ouvir isso, Cecília ficou em silêncio.

Quésia apertou sua mão com força. “Depois, o filho foi consumido pelo arrependimento. Se ele tivesse parado e levado o homem ferido ao hospital, o pai talvez tivesse sobrevivido. Mas fico pensando, se a vítima não fosse o pai dele, será que ele teria sentido o mesmo remorso?”

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