Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1786

“Miranda, me desculpe. A culpa é toda minha por ser um inútil”, disse Adriano, sentado em sua cadeira de rodas ao sair do quarto do hospital.

A mulher se virou para encará-lo.

Dessa vez, Adriano sentia um remorso genuíno. Apesar de ser homem, não conseguia ajudar sua própria esposa e filho.

Por fora, Miranda não demonstrava, mas, no fundo, o desprezava intensamente.

Ela se aproximou e perguntou: “O que você tá fazendo aqui fora?”

“Vi que você não voltou, aí vim te procurar. Fiquei preocupado que algo tivesse acontecido”, respondeu Adriano.

Depois de falar, segurou a mão de Miranda outra vez. “Vamos simplesmente deixar pra lá.”

“Hã? Como assim, deixar pra lá?”

Ao ouvir as palavras “deixar pra lá” novamente, Miranda franziu o cenho com força.

“A gente já tem tudo que precisa agora. Não tem por que ficar competindo com o Nathaniel e essa turma. Além do mais, a Corporação Orion foi construída do zero por ele. A gente tem a herança do vovô, que já é mais que suficiente.”

Como uma família de prestígio, a riqueza dos Rainsworth não dependia de uma única empresa.

Niel ainda tinha uma fortuna considerável e uma vasta rede de contatos à disposição.

A expressão de Miranda endureceu um pouco. “Por que você é tão sem ambição?”

“Não, agora eu entendi. Eu quero mesmo é viver em paz. Chega dessa conspiração sem fim.”

Adriano tinha uma expressão amarga no rosto.

No começo, ficou realmente furioso com as palhaçadas dos dois pestinhas, pensando em uma vingança à altura.

Mas agora, se acalmou. Pensando bem, percebeu que nunca teria paz se tivesse machucado as crianças.

E, se chegasse ao ponto de tirar a vida de duas crianças pequenas, ele não teria coragem.

Apesar de ser um canalha e gostar de correr atrás de mulher, matar uma criança era algo que não conseguia fazer.

“Você vai me matar de raiva!”, Miranda quase engasgou com a raiva que sentia.

“Você veio me ajudar?”

Originalmente, Miranda tinha procurado a ex-namorada de Nathaniel pra dar uma lição em Cecilia. Mas, inesperadamente, Stella acabou nesse estado lamentável.

A expressão dela foi ficando mais sombria, com um ar de descrença nos olhos. “Como você chegou nesse ponto?”

A melhor forma de descrever Stella naquele momento era uma louca.

A mulher sentiu o olhar curioso sobre si, o que a fez baixar a cabeça instintivamente e ajeitar a roupa.

“Sra. Miranda, você pode me emprestar um dinheiro?”, perguntou.

Dinheiro?

As sobrancelhas de Miranda se ergueram levemente. “Tá sem grana? Pra que você precisa de dinheiro?”

“Muitos dos meus contratos foram cancelados, e eu acumulei uma dívida enorme...”, Stella tremia só de pensar nisso.

Ela não ousava mais sair de casa sem cuidado, nem atender o telefone.

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