Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1693

“Chefe, as grandes empresas são realmente de outro mundo comparadas com nossa pequena companhia. Vi tantos figurões hoje”, exclamou Carolina, a voz cheia de admiração.

Cecilia assentiu, embora um lampejo de nervosismo cruzasse seu rosto. “Você tá certa. Ainda temos muito pra aprender daqui pra frente.”

Carolina deu um sorrisinho. “É, mas eu não consegui parar de rir de como a Cassandra estava arrasada hoje.”

Ela odiava a atitude arrogante da mulher.

Mais tarde, depois de voltar com Carolina, Cecilia se acomodou em silêncio pra revisar o conteúdo da reunião.

Enquanto analisava os detalhes, seus olhos se arregalaram de surpresa. As mudanças que Cassandra tinha implementado nos últimos dias eram inegavelmente impactantes. Ficava claro que tinha orquestrado cada detalhe com cuidado.

Cecilia recostou-se, perdida em pensamentos. Começou a traçar seus próprios planos.

Já estava tarde, mas Carolina não tinha vontade de voltar.

“Carol, vai descansar um pouco”, disse Cecilia, gentil.

“Não quero”, respondeu.

A ideia de voltar pro espaço onde morava com Sandro fazia seu coração afundar. Toda vez que o via, era como se despedaçasse de novo. O trabalho era seu único refúgio, o único momento em que conseguia esquecer, nem que fosse por um tempo. Só então Cecilia lembrou do caso entre o casal.

“Chefe”, fungou, a voz trêmula. “Toda vez que penso no Sandro, sinto que não consigo respirar. É como se eu tivesse sempre prestes a chorar.”

Cecilia a puxou num abraço reconfortante, dando tapinhas leves nas costas. “Calma. Um dia você vai encontrar alguém que seja realmente pra você.”

A dor de Carolina ficou mais pesada. “Você acha que ele nunca gostou de mim?”

Cecilia hesitou, sentindo-se fora de seu elemento. Confortar os outros nunca foi seu forte. Balançou a cabeça rápido. “Claro que não.”

“Mas se gostasse de mim, por que terminou comigo?” Carolina suspirou fundo. “Acho que ele realmente não gostava de mim.”

Cecilia lutou pra encontrar as palavras certas. Confortar alguém com o coração partido estava sendo uma tarefa difícil.

Nathaniel, sentado quieto num canto, olhou na direção delas antes de checar a hora. Já eram onze da noite.

Por que essa enxerida ainda tá aqui?

Quando Carolina voltou, notou que a luz no quarto de Sandro ainda estava acesa. Hesitou por um instante antes de reunir coragem e bater na porta.

Momentos depois, a porta se abriu, revelando o homem de pijama escuro. Ele ficou na entrada, surpreso por um instante ao ver a moça ali.

“Algum problema?”, perguntou o homem.

Carolina manteve a cabeça baixa, sem conseguir encará-lo. “Eu... eu tenho uma coisa pra conversar com você”, disse baixinho.

A expressão de Sandro endureceu, o tom ficando frio ao lembrar do que a moça fez. “Se for pessoal, não precisa conversar.”

Lágrimas logo encheram os olhos de Carolina. “O que você quer dizer com isso?”

Sem pensar, estendeu a mão, agarrando o braço dele com força. Seu olhar travou no dele. “Me diz”, exigiu: “Você já gostou de mim?”

Ela o encarou profundamente, buscando qualquer sinal de emoção, qualquer pista da verdade que tanto queria.

Mas a compostura de Sandro era inabalável. Sua expressão permaneceu calma e indecifrável. “Isso não importa”, disse o homem tranquilo.