Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 1688

O pedido de Quésia deixou Cecilia e Celina completamente surpresas.

Quando recuperou a voz, recusou de imediato. “Desculpe, mas eu não consigo lidar com uma empresa desse tamanho.”

“Tudo bem. Pense nisso como uma chance de aprender”, retrucou Quésia.

Cecilia balançou a cabeça. “Se é tão importante assim, por que você não pede pra Cassandra?”

Quésia suspirou, percebendo que sua filha não cederia fácil, então usou uma tática que sua irmã uma vez sugeriu.

“Minha saúde tá piorando. Não sei quanto tempo me resta. Você não pode realizar esse meu desejo? Cassandra não tem jeito pra gerenciar a empresa. Se ficar com ela, o Grupo Jamieson vai afundar. E você”, ela fez uma pausa pra dar ênfase: “é minha filha de sangue. A empresa tem que ficar nas suas mãos.”

Cecilia ficou em silêncio, os pensamentos a mil. Por fim, falou, a voz cheia de incerteza. “Eu não acho que consigo carregar essa responsabilidade. Se Cassandra não serve, por que não contratar um profissional pra cuidar disso?”

Quésia insistiu. “Você não precisa assumir tudo sozinha. Só fica de olho nas coisas pra mim enquanto eu me recupero. Não confio em mais ninguém. Você é minha única filha.”

Depois de uma longa pausa, Cecilia respondeu, hesitante. “Deixa eu pensar um pouco.”

“Tá bem”, disse, o alívio claro na voz. “Me liga quando você decidir.”

Quando a ligação terminou, Quésia começou a tossir forte.

Celina correu pro lado dela, entregando um lenço. “Você acha mesmo que a Sra. Cecilia consegue gerenciar a empresa?”

A mulher assentiu com confiança. “Eu acredito que a Ceci vai se sair bem.”

Quando se tratava de escolher seus funcionários, raramente errava o julgamento.

Mesmo na reunião mais cedo, dava pra ver que Cecilia estava com a cabeça em outro lugar.

Depois de hesitar um pouco, desabafou com o homem. Explicou o pedido de Quésia, sobre assumir o Grupo Jamieson.

Cícero ouviu com atenção antes de responder sem pestanejar. “Então você devia ir. A Sra. Quésia é sua mãe de sangue. Se alguém tem direito de entrar nessa, é você.”

“Mas eu nem a reconheci como minha mãe”, admitiu Cecilia, a voz carregada de conflito.

No fundo, carregava um peso que não conseguia largar, uma barreira que a impedia de aceitar Quésia como mãe de verdade.

Cícero entendeu. Mesmo que Cecilia tivesse perdido a memória, o impacto das ações passadas de Quésia ainda deixava marcas.

“Você precisa passar mais tempo com ela”, sugeriu o homem. “Conhece-la melhor, tentar criar um laço. Fugir não vai ajudar. Você não me dizia sempre antigamente? Não foge dos problemas, encara eles de frente.”