Despedida de um amor silencioso romance Capítulo 131

Dominada pelas emoções, Cecília foi para o bar. Acabou pedindo algumas bebidas, tentando encontrar consolo no fundo do copo. Somente quando ficou bêbada, ela pôde esquecer por alguns momentos os seus problemas.

Nathaniel tinha passado mais de uma hora tomando um banho frio para que os efeitos da droga começassem a diminuir.

Ao sair de roupão, percebeu que Cecília não estava em casa.

Perguntando para o guarda-costas, foi informado que ela havia saído sozinha para um bar.

Dentro do bar, ela tomava sua bebida sozinha quando, de repente, uma pessoa alta bloqueou a luz que iluminava o seu rosto.

Atordoada, ergueu o olhar e viu o lindo rosto de Nathaniel.

“Por que você está aqui?” Enquanto ela falava, seu hálito exalava um forte cheiro de álcool.

Ele franziu as sobrancelhas e disse curioso: “Quando você aprendeu a beber?”

Antigamente, ela ficava bêbada com apenas um drink, mas agora, tinham muitos copos vazios em cima do balcão.

Cecilia não esperava que Nathaniel fosse comentar sobre seu vício.

Parou por um momento e depois fingiu indiferença. “Acredito que se passaram mais de dois anos depois que nos casamos.”

Durante os anos em que ele não esteve mais ao seu lado, ela pôde contar com o álcool para se embriagar.

Naquele momento, Nathaniel sentiu um nó em sua garganta.

Realmente percebeu que nunca a havia compreendido.

Ele tirou a taça de vinho de sua mão e colocou-a de lado. “Vamos. Temos que ir para casa.”

Ir para casa... Seus olhos começaram a ficar um pouco turvos.

A brisa da noite soprou em sua direção, trazendo um pouco de frio.

Cambaleando, preparou-se para sair.

Cecilia estava vestida com roupas leves e tremia muito de frio. Ao vê-la assim, imediatamente a puxou para seus braços, mantendo-a aquecida. O verão ainda nem tinha ido embora. Por que ela estava resfriada daquele jeito?

Ela estava muito tranquila. Tudo o que restou em seus olhos foi zombar de si mesma. “Talvez as pessoas só conseguem se lembrar do que há de ruim nos outros...”

Nathaniel não pôde deixar de apertar a sua mão. “Você está bêbada.”

“Não estou bêbada, estou perfeitamente lúcida.” Cecilia olhou para aquele rosto masculino e disse: “Você é um homem muito notável, mas não é um bom marido. Espero que um dia possa abandonar seus preconceitos contra mim e me deixar livre. Então talvez possamos ser amigos.”

Amigos? Duas horas atrás ela estava me seduzindo. Depois de ter bebido, acha que devemos ser apenas amigos. Agora deve estar dizendo a verdade por estar totalmente bêbada. Um nó surgiu na garganta de Nathaniel assim que lembrou de uma vez em que Cecilia confessou seus sentimentos por ele durante o tempo em que estudavam na universidade.

Naquela época, foi ele quem sugeriu que poderiam ser apenas amigos.

Ela então respondeu: “O amor é egoísta. Estou falando sobre sermos possesivos. Se você não estiver disposto a ser meu namorado, então não serei sua amiga! E se não puder ser o meu homem, prefiro tratá-lo como se estivesse morto.”

Nathaniel se sentiu ainda pior. Seu olhar foi vagando para a noite escura do lado de fora da janela do carro. Sem perceber, seus olhos começaram a ficar vermelhos.

“Você quer ser minha amiga?”, ele perguntou com uma voz profunda.

“Sim”, concordou.